terça-feira, 27 de junho de 2017




Jornalista retrata albinos que vivem isolados por medo de feitiçaria

Você já imaginou como é viver com albinismo? Enquanto algumas pessoas conseguem achar uma brecha contra o preconceito e se firmar dentro de seus ramos – como o caso da modelo Thando Hopa –, a maioria sofre estigmas sociais muito além das limitações físicas que sua condição lhe impõe.
Os riscos de cegueira e câncer de pele são muito mais elevados entre os albinos, que têm um defeito genético que afeta a produção de melanina. Felizmente, apenas 0,005% da população mundial nasce com esse distúrbio.
Na Tanzânia, porém, os albinos correm um risco ainda maior: a perseguição. E se engana quem pensa que é por causa do preconceito ou coisa parecida. O buraco é bem mais embaixo. Nesse país africano, há a crença popular de que os ossos dos albinos podem ser usados em feitiços para trazer fortuna e boa saúde.

Criança de 12 é fotografada por jornalista norte-americana em aldeia onde vive isolada por conta de sua condição

A fotojornalista norte-americana Jacquelyn Martin tomou conhecimento dessa realidade em 2011 e publicou um ensaio com albinos da Tanzânia na revista Smithsonian. Ela visitou uma aldeia em que essas pessoas podem viver em paz, longe de supostos curandeiros que chegam a mutilar mãos e braços dos albinos para “roubar” os ossos e fazer os seus feitiços.
“Sob pressão internacional, o governo da Tanzânia proibiu os feiticeiros no início de 2015”, explicou Jacquelyn. Porém, os crimes de mutilação continuam acontecendo. A jornalista relata a história de um menino de seis anos que teve a mão decepada em março deste ano, mesmo após a proibição da prática.

Fotógrafa Jacquelyn aparece abraçada a duas mulheres albinas na Tanzânia
“Existem várias ONGs internacionais que trabalham para aumentar a conscientização do que é o albinismo e por que esses ataques devem acabar”, conta a jornalista. Jacquelyn também falou que o caso não é isolado: ataques contra albinos já foram relatados em 24 países, como Quênia, Burundi e Malawi. Em todos eles, algo em comum: a busca pelos ossos dessas pessoas.
Entretanto, o elevado número de albinos na Tanzânia e a crença popular na magia negra elevam a preocupação de ativistas no país. Ainda não se sabe, porém, por que há uma alta taxa de albinismo por lá – tanto que se acredita que esse seja o berço dessa mutação genética. É possível que isso também seja resultado do isolamento que os albinos enfrentam na Tanzânia, que gera casamentos entre pessoas que já possuem essa característica, perpetuando ainda mais a mutação.

segunda-feira, 26 de junho de 2017



Nada Como Perdoar E Esquecer: Perdoar A Pessoa E Esquecer Que Ela Existe



Mesmo que consigamos perdoar, fato é que, muitas vezes, não teremos mais como continuar mantendo certas pessoas em nossas vidas, porque elas mesmas se encarregarão de nos afastar cada vez mais, com sua relutância em mudar.
Ninguém tem convicção certeira sobre o limite do perdão, porque nunca poderemos saber o que se passa realmente no coração do outro, ou seja, é impossível deduzir se quem recebe o perdão percebe tudo o que ali está envolvido. Isso porque muitas pessoas são perdoadas e, mesmo assim, não movem uma palha para mudar aquilo que machuca o outro. Tem gente que não sabe ser perdoada.
Ultimamente, somos constantemente aconselhados acerca da necessidade de perdoarmos as pessoas, para que limpemos as tralhas que os outros deixam em nossos caminhos. Sim, perdoar realmente faz bem, pois é assim que conseguimos nos livrar de muita carga que atrapalha o nosso respirar e é assim que a gente prossegue. Mesmo assim, teremos que nos conscientizar de que muitos não sabem receber o perdão de ninguém.
Muitas pessoas não conseguem compreender que ser perdoado requer querer sê-lo. E quem quer receber perdão deve estar disposto a refletir sobre si mesmo, mudando os comportamentos que machucam os outros, forçando-se a tomar atitudes outras, porque é assim que a gente demonstra estar grato pelo perdão recebido. De que adianta, afinal, que nos perdoem, caso isso não nos leve a reflexão alguma sobre a forma como estamos vivendo as nossas vidas?
Se não precisássemos mudar, não teríamos que estar necessitando de que alguém nos perdoe por algo que fizemos ou deixamos de fazer. Aliás, existirão aqueles que nem mesmo conseguirão aceitar que precisam ser perdoados, pois, em seu mundinho, nunca fizeram nada de errado, nunca machucaram ninguém – imagina, tudo intriga da oposição, tudo melindres de gente mimada. Trata-se de gente que não muda, nunca, por nada nem por ninguém. Gente de quem afastar-se é questão de sobrevivência.
Mesmo que consigamos perdoar, fato é que, muitas vezes, não teremos mais como continuar mantendo certas pessoas em nossas vidas, porque elas mesmas se encarregarão de nos afastar cada vez mais, com sua relutância em mudar, presas que se encontrarão em meio ao próprio ego. O importante é que estaremos livres e distantes de quem só machuca, para que possamos repousar nossas almas junto a quem erra, mas tem a capacidade de dizer “desculpa”, do fundo de seu coração.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

A Última Casa Da Rua - FILME DE TERROR COMPLETO DUBLADO




Ano:2012

Tema: Terror

Sinopse: A adolescente Elissa (Jennifer Lawrence) e sua mãe divorciada Sarah (Elisabeth Shue) mudam para um bairro prestigiado para começarem uma nova vida. Porém, os sonhos que elas tinham de um futuro melhor se transformam num pesadelo cruel, ao descobrirem que uma floresta próxima é assombrada por um assassino, e Elissa faz amizade com Ryan (Max Thieriot), o misterioso sobrevivente de um duplo assassinato, ocorrido na casa ao lado.



TV fora da TV



Público consome cada vez mais entretenimento digital em dispositivos móveis e sob demanda. Qual é o futuro da TV tradicional?

Se antes a televisão era a estrela da maioria dos lares brasileiros, hoje ela pode passar várias horas desligada. Se algumas décadas atrás ela era o centro da sala de estar e reunia toda a família à sua volta, hoje disputa espaço com celulares, tablets e computadores. Não é raro ver, em uma residência, cada pessoa entretida com um dispositivo diferente, cada uma assistindo a um conteúdo distinto.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casas com acesso à internet por tablet, celular e televisão cresceu 137,7%, de 3,6 milhões em 2013 para 8,6 milhões em 2014. Mas a televisão tradicional não está morta. O aparelho continua sendo a fonte mais importante de entretenimento nos lares, com uma taxa de penetração de quase 100%. No entanto, as emissoras precisam se reinventar para sobreviver.
Elas já demonstraram ser capazes disso quando a TV paga surgiu – no Brasil, isso aconteceu no início de década de 1990. Na época, aficionados por filmes e séries comemoraram. Afinal, era um serviço de transmissão de programas 24 horas por dia, sem intervalos comerciais. Vinte e poucos anos depois, muita coisa mudou. Hoje em dia, são comuns reclamações sobre os valores dos pacotes, o excesso de propaganda e a repetição dos programas.
Conteúdos de serviços como o YouTube e a Netflix atraem cada vez mais interessados
Segundo um levantamento da empresa de pesquisas MeSeems, feito em março com 1.000 pessoas de todo o Brasil, 55% dos assinantes de TV paga consideram o valor do serviço muito caro pelo conteúdo oferecido e 26% pretendem cancelá-lo nos próximos seis meses. Outros 33% estão na dúvida entre cortar o serviço ou não. Entre os que pretendem cancelar, 45% pensam em assinar a Netflix, o serviço de transmissão de filmes e séries por streaming mais popular do mundo.
Enquanto isso, as operadoras de TV por assinatura procuram abocanhar mais fatias desse mercado. Recentemente, empresas como Vivo e NET, que são provedoras tanto de internet fixa quanto de TV, anunciaram que pretendem passar, em um futuro próximo, a estabelecer um limite na quantidade de dados dos planos de internet, como as operadoras de celular fazem com internet móvel. Quem passasse dos limites deveria comprar mais pacotes de dados ou teria a velocidade do serviço reduzida.
Esse modelo praticamente inviabilizaria que os consumidores passassem horas e horas vendo filmes pela internet. “Vídeo consome muita banda de internet. Essa seria uma maneira de as empresas ganharem em cima desse conteúdo”, afirma Drica Guzzi, doutora em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e coordenadora na Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP).
Peter Sellers como o jardineiro Chance do filme Muito Além do Jardim, cujos conhecimentos foram adquiridos a partir de programas de TV
Em abril, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Resende, declarou concordar com o ponto de vista das operadoras e disse que a era da internet ilimitada no Brasil havia acabado. Esse posicionamento gerou uma pronta reação de órgãos de defesa do consumidor e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), baseados em um artigo no Código de Defesa do Consumidor segundo o qual não se permite “condicionar o fornecimento de produto ou de serviço, sem justa causa, a limites quantitativos”.
No dia 18 de abril, uma medida cautelar da Anatel impediu temporariamente as operadoras de diminuir a velocidade ou suspender a prestação do serviço de banda larga após o fim da franquia prevista. A decisão valeria até essas empresas colocarem à disposição dos consumidores ferramentas que lhes possibilitem, por exemplo, acompanhar o uso de dados de seus pacotes – o que poderá acontecer dentro de alguns meses. Como nada está definido, o assunto ainda vai dar muito pano para manga.

Menos TV, mais tablet

No mundo todo, pesquisas mostram que o público passa cada vez menos horas vendo TV. De acordo com um levantamento feito em 2015 pela empresa de consultoria Accenture em dez países, a televisão caiu 13% na preferência entre os dispositivos escolhidos para acessar conteúdo digital. No caso da faixa etária entre 14 e 17 anos, essa queda foi ainda maior: 33%.
Mas a debandada não acontece apenas entre os mais novos. A costureira aposentada Marlene Ragazzi, de São Paulo, está antenada com as novas tecnologias. Aos 78 anos, a voraz consumidora de novelas mexicanas tem deixado a TV desligada por cada vez mais tempo e assiste aos seus folhetins pelo tablet, usando a Netflix ou o YouTube. “Antes, se eu saía, perdia os capítulos. Me privava de ir aos lugares”, diz. “Agora tenho mais liberdade, assisto só ao que eu gosto”, afirma.
O conteúdo personalizado permite que os usuários assistam ao que desejam no momento que querem, usando a plataforma preferida, de celulares a computadores
Marlene usa dois tablets, um da filha e outro da neta, com quem vive, para ver seus programas favoritos. Ela se reveza entre os dois aparelhos para manter um deles sempre carregado e nunca ficar na mão. Além das novelas, gosta de ver entrevistas com atores mexicanos. “Às vezes eu levo o tablet quando saio. Quando a internet cai, fico apavorada”, diz. Há quatro aparelhos de televisão na casa da aposentada, mas ela afirma que eles ficam desligados a maior parte do tempo. As amigas dizem que Marlene está ficando bitolada, mas a noveleira nem liga. “Essa é a melhor coisa que já inventaram”.
Marlene representa uma tendência no consumo de entretenimento digital: a personalização cada vez maior dos conteúdos. “Com a diversidade de programas disponíveis hoje sob demanda, dá para a pessoa ir direto ao que ela gosta e em conteúdo de qualidade”, afirma Drica Guzzi.
O lado negativo de ter tantas opções de entretenimento digital é que os espectadores podem se sentir um pouco perdidos e até angustiados, com a impressão de que estão sempre perdendo alguma coisa. Mais ou menos como quando todos os seus amigos estão comentando o último capítulo de Game of Thrones e você, que não assiste a esse seriado, sente-se um peixe fora d’água. “É preciso baixar as expectativas”, observa Drica. “Concentre-se no que você está vendo, no que estimula, informa e emociona você, e não no que está perdendo”.
Outra ressalva a se fazer a respeito das novas tendências do consumo de TV atual é refletir se esse fenômeno não vai ampliar ainda mais as desigualdades de acesso à informação entre públicos de classes sociais diferentes. “Precisamos pressionar por mais investimentos do governo em infraestrutura, por políticas públicas que barateiem o acesso à banda larga e por mais concorrência no mercado”, diz Drica Guzzi.

Do meu jeito

A personalização do conteúdo, um dos aspectos mais fortes entre os consumidores modernos de entretenimento digital, vem atrelada a um desejo de controle por parte do usuário. Os consumidores querem decidir o que, quando e onde ver seus programas favoritos. Essa é uma das razões para a comerciante autônoma Juliana Rodrigues, 29 anos, acessar a Netflix em casa quase que com exclusividade.
Chamada da série House of Cards, sucesso exclusivo da Netflix
Moradora de São Paulo e mãe de dois meninos, um de 4 e outro de 6 anos, ela sente que supervisiona melhor o que os filhos veem com o serviço de streaming do que com a TV. “Vemos o que queremos, quantas vezes e onde quisermos: no quarto, na sala, em viagens, no celular, no tablet, etc.”, afirma.
A família ainda mantém um pacote básico de TV paga, mas só liga o aparelho para assistir a alguma transmissão específica, como uma final de campeonato de futebol. Juliana pensa em, no curto prazo, cancelar seu pacote e assinar apenas um serviço de melhoria de sinal, para acessar canais abertos em HD, e poder manter seu combo de internet e telefonia fixa. “As operadoras dizem que não é venda casada, mas ficamos amarrados a elas”, diz.
Mas não dá para o mundo viver apenas da customização dos conteúdos de entretenimento digital. “A TV genérica tem seu valor, pois estabelece um diálogo mínimo na sociedade”, diz o cineasta, roteirista e escritor Newton Cannito, doutor em cinema pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP. Ou seja, a TV, principalmente a aberta, ajuda a aproximar pessoas que pensam de forma diferente, porque elas estão assistindo àquele mesmo conteúdo.
Cena do programa MasterChef, da Band, no qual mensagens enviadas pelos espectadores via Twitter aparecem na tela em tempo real
De acordo com Cannito, uma saída possível para as emissoras tradicionais enfrentarem a concorrência com seu conteúdo “de fluxo”, no jargão dos estudiosos da área, é investir mais em programação ao vivo, como noticiários, eventos esportivos e programas de auditório. Isso se contrapõe à programação “de arquivo”, sob demanda, que é mais própria das TVs por assinatura e de serviços de streaming.
Outro diferencial é aumentar a interatividade com o público. Alguns programas, como o MasterChef, da TV Bandeirantes, já fazem isso, ao transmitir na tela mensagens que os telespectadores enviam em tempo real pela rede social Twitter. No dia seguinte, a emissora disponibiliza o episódio na íntegra no YouTube. A Globo também tem tomado várias medidas para oferecer mais conteúdo por meio de aplicativos para tablets e smartphones.

Tudo ao mesmo tempo

Outro fenômeno recente detectado em pesquisas sobre o hábito de ver TV é o da “segunda tela”, que significa usar o smartphone, tablet ou computador enquanto se assiste a algum programa de TV, em geral para interagir com os amigos. De acordo com uma pesquisa da consultoria Arris, feita em 2014 com 10.500 consumidores em 19 países, 36% dos entrevistados usaram um segundo dispositivo para acessar informações ao vivo sobre o programa; 32% participaram de uma conversa de texto sobre o programa; e 21% participaram de uma conversa de voz usando um segundo dispositivo.
Ou seja, para conquistar a atenção dos telespectadores em meio a tantas opções de entretenimento e distrações, os produtores vão ter de elaborar atrações cada vez mais interessantes. “As emissoras precisam entender que são marcas, não apenas canais”, diz Newton Cannito. “Elas precisam ter a capacidade de fidelizar o público”, afirma. Vai ser uma briga cada vez mais acirrada.

Atendimento psicológico na Clínica Gênesis em Cabo Frio:
22 2643-6366 e em domicílio do paciente com necessidades físicas/psicológicas, especiais (cadeirante, síndrome do pânico...) 22 9 9998-4379

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Uma mente brilhante



Ano: 2002

Tema: Drama

Sinopse: John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel.


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domingo, 4 de junho de 2017




Entrevista do Bial com Serginho Groisman





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sábado, 3 de junho de 2017

As bruxas estão soltas



Herdeiras das tradições matriarcais dos tempos em que a principal divindade era a Grande Mãe Terra, as bruxas medievais reaparecem hoje na pele de mulheres comuns.

“Chegou a nossa bruxinha!” Foi assim que a dona da casa saudou uma amiga convidada para o jantar. A anfitriã respondeu sorrindo quando perguntei por que chamara a outra daquele modo: “Ela estuda uma porção de bruxarias, tarô, astrologia, e sabe ler as linhas da mão”.
Jovem, bonita e elegante, a “bruxinha” era mesmo um encanto. Psicóloga, é casada e tem dois filhos. Quando sorriu para mim, cheia de charme, me perguntei: então são essas as bruxas de hoje? Se forem, o que fazer com a imagem estereotipada da bruxa tradicional, mulher má, velha e feia, corcunda, verruga na ponta do nariz, a voar nos céus montada em vassoura, ou diante de um caldeirão a cozinhar sapos e asas de morcegos para produzir malefícios?
Uma pergunta puxa outras. O que é, afinal, a bruxa? Por que, hoje, chamar de bruxa a mulher que se interessa por ocultismos, adivinhações e magias já não é um insulto e sim, muito mais, um elogio carinhoso? O que mudou, a natureza da bruxa ou simplesmente a visão que temos dela?
A bruxa, mulher que conhece os segredos das leis mágicas da natureza – tanto a natureza externa, do mundo, quanto a interna, humana –, existe provavelmente desde os tempos das cavernas. Seu objetivo fundamental é conquistar um poder de transformação sobre as coisas do mundo, sobre os outros e sobre si mesma. Bruxa, portanto, é mulher de poder.
No decorrer dos milênios, no Ocidente e no Oriente, essas mulheres de poder desempenharam livremente seu papel, respeitadas e admiradas pelas pessoas. Eram curandeiras, parteiras, sábias nos usos medicinais das ervas, folhas, raízes, conhecedoras dos mistérios da natureza, da vida e da morte. Eram também sacerdotisas, profetisas, médiuns que funcionavam como elemento de ligação entre os vivos e os mortos, entre os humanos e os deuses.

Ameaça ao patriarcado

Na Idade Média, o poder patriarcal identificou nessas mulheres um perigo, e reagiu. Milhares delas foram presas, julgadas e condenadas à morte na fogueira. Mas hoje, a mulher que quer ser bruxa está livre para fazê-lo. Pode, inclusive, filiar-se a megaorganizações que atuam em todo o mundo na forma de clube de bruxas ou de religiões que acabam se tornando oficiais, como é o caso da wicca.
Reunião de grupo wicca no Rio de Janeiro, em 2015: a maioria dos participantes é de mulheres
A wicca foi reconhecida como religião pelo governo dos Estados Unidos em 1986, mas seus adeptos gostam de dizer que ela é a religião mais antiga do mundo. Embora seja um sistema estreitamente ligado aos atributos do princípio feminino, nela homens e mulheres atuam em igualdade de condições. Todos interagem com a natureza em sabás, festivais que celebram os ciclos da vida e afirmam o poder sobrenatural (como o da magia).
Os wiccanos se consideram bruxos e bruxas. São muitas vezes confundidos com os satanistas, mas a verdade é que eles não acreditam no demônio. Aliás, os conceitos do diabo e do inferno fazem parte da teologia cristã e nunca existiram na wicca. Além disso, os wiccanos também não acreditam em um deus único, todo-poderoso, mas sim em vários deuses e deusas ligados sobretudo aos quatro elementos da natureza – fogo, terra, água e ar. Assim sendo, a wicca é, na prática, uma religião politeísta, entrando na mesma categoria que religiões, como o budismo e o hinduísmo.
Mas, embora se assente sobre crenças muito antigas, incluindo elementos do paganismo e espiritualidade baseada na natureza, a wicca não é uma religião antiga. Ela foi fundada pelo antropólogo Gerald Gardner no início dos anos 1950. Como religião baseada na natureza, seus seguidores são incentivados a amar e respeitar todos os seres vivos. Os wiccanos fazem oferendas para seus deuses escolhidos, sim, mas esses sacrifícios incluem quase exclusivamente pães, frutas, vinhos ou flores. “Nós, bruxos, amamos os animais e nunca prejudicaríamos ou mataríamos esses seres em nossos rituais e magias. Sacrifício de sangue de qualquer tipo é contra a nossa lei.”

Fonte: revistaplaneta.com.br


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