sexta-feira, 1 de junho de 2012

Por que temos a sensação de déjà-vu?


Por:  Ana Carolina Prado

Sabe aquela sensação de estar vivendo uma coisa que já aconteceu? E aí nós ficamos na dúvida se sonhamos aquilo ou se voltamos no tempo (vai que, né?) ou se é a nossa vida que repete muito, mesmo. Qualquer que seja a nossa teoria, esse fenômeno, chamado de “déjà vu”, desperta a curiosidade de muitos cientistas por aí – e nenhum deles conseguiu, ainda, entender realmente do que se trata.
Quer dizer, até agora. Um estudo do Central European Institute of Technology (CEITEC MU) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Masaryk, na República Tcheca, trouxe alguma luz sobre o mistério.

Os pesquisadores descobriram que certas estruturas cerebrais específicas têm um impacto direto sobre isso. Exames feitos com ressonância magnética com 113 voluntários mostraram que o hipocampo, estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro onde as memórias se originam, eram consideravelmente menores em pessoas que vivem tendo essa sensação, em comparação com quem nunca teve uma experiência assim. E tem mais: quanto mais frequentes os déjà vus, menores eram essas áreas.

“Quando estimulamos o hipocampo de pacientes neurológicos, conseguimos induzir neles a sensação de déjà vu.  Ao encontrar as diferenças estruturais no hipocampo em pessoas saudáveis ​​que têm ou não tal experiência, mostramos que ela está diretamente ligada à função destas estruturas cerebrais”, afirmou o autor principal do estudo, Milan Brázdil, do CEITEC.                                       
                                                         
Para ele, o déjà vu é provavelmente causado por uma superexcitação de células nervosas em hipocampos mais sensíveis. Isso causaria um pequeno “erro no sistema”: as lembranças falsas.“Tal sensibilidade maior pode ser consequência de alterações nessas regiões do cérebro que podem ter ocorrido durante o desenvolvimento do sistema neural”, explica Brázdil. 
O hipocampo é excepcionalmente vulnerável a várias influências do ambiente externo, como as patológicas (como inflamações) ou fisiológicas (como o stress ou privação do sono), principalmente na primeira infância.
Apesar de parecer misterioso, o déjà vu é uma experiência comum: segundo os pesquisadores, entre 60% e 80% dos indivíduos normais já passou por isso.

Fonte: super.abril.com.br


(*) Déjà-vu, no sentido literal significa “Já visto”, em  Português.
(*) Ste  é um termo que designa desorientação no tempo, o que uma pessoa sente sobre um lugar antes desconhecido , ou sentir como se já tivesse estado, anteriormente, em uma situação, ou já ter conhecido uma pessoa.

 Déjà vu é uma sensação inesperada de familiaridade que se aplica a  eventos, experiências, impressões sensoriais, sonhos, pensamentos, declarações, desejos, emoções, sonhos, visitas, o ato de leitura, o estado de saber, e, em geral, as circunstâncias do viver.

 O termo, em francês, tem o significado literal para "já visto", e foi usado pela primeira vez para dar uma descrição de tais experiências em 1876 por E. Carta Boirac, que o chamou de "le sensação du déjà vu". Em 1896, FL Arnaud introduziu para a ciência. Não há equivalente adequado  do  Inglês para o termo "déjà vu".

Aqueles que aceitam a teoria de reencarnação, acreditam que déjà vu é causada por fragmentos do passado, de memórias de vidas , uma sacudida para a superfície da mente pelo ambiente familiar ou pessoas.

Outros teorizam que o fenômeno é causado pela projeção astral, ou fora do corpo (EFC experiências), onde é possível que os indivíduos tenham visitado lugares ao mesmo tempo em seus corpos astrais durante o sono. A sensação pode ser também ligada ao cumprimento de uma condição  premonição. 



Outros dizem que déjà vu é um produto do inconsciente coletivo como teorizado pelo psiquiatra Carl G. Jung.   Eles especulam que o déjà vu ocorre  nas memórias coletivas da humanidade. 

O próprio Jung teve uma experiência intensa de déjà vu durante sua primeira viagem à África. 

Ao olhar por uma janela de trem, ele sentiu como se estivesse voltando para a terra de sua juventude de cinco mil anos anteriores. Ele descreveu em  Memórias, sonhos, reflexões  como "reconhecimento do imemorialmente conhecido."


No entanto, muitos pesquisadores são cautelosos ao lidar com casos de déjà vu, porque a chance da pessoa que experimentou a sensação, que pode ter lido ou visto algo que agora está em seu inconsciente e que provoca a impressão. Os temas  são  mais  confiáveis em crianças pequenas.


Adaptação: Terezinha Barreiro


Atendimento psicológico na Clínica Gênesis em Cabo Frio.

Telefone para marcar consulta: 22 2643-6366

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