quinta-feira, 29 de março de 2012

12 anos, prostituta e estuprada. Para o STJ, e daí?


Por aqui, a pedofilia encontra terreno fértil para crescer



Que a pedofilia encontra no Brasil um terreno fértil com muitos seguidores, isso é sabido. Imaginem o que seria desta nossa sociedade patriarcal e machista sem as revistas masculinas que transformam moças de 18 anos em meninas de 12?

Afinal de contas, se tem peito e bunda, se tem corpo de mulher, está pronta para o sexo, não é mesmo? E se está pronta para o sexo, por que não ganhar uns trocados para ajudar no orçamento familiar?

Ao julgar o caso de um homem acusado de estuprar três meninas de 12 anos, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça considerou que ele não cometeu crime porque as meninas já eram prostitutas. “As vítimas (…) já estavam longe de serem inocentes, ingênuas, inconscientes e desinformadas a respeito do sexo. Embora imoral e reprovável a conduta praticada pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos quais foi denunciado”, afirmava o acórdão.

O STJ levou em conta para a sua decisão o artigo 224 do Código Penal que, na época do ocorrido, considerava que o crime deveria ser cometido mediante violência – já presumível, a bem da verdade, quando se tratava de pessoas com menos de 14 anos. O artigo foi alterado há três anos, deixando mais claro que violência não se faz mais necessária para configurar o crime.

Ari Pargendler, presidente do STJ, afirmou à Agência Brasil, nesta quinta (29), que o tribunal poderá revisar a decisão tomada pela Terceira Seção da Corte. O pedido para tanto poderá partir do Poder Executivo, como informou a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.
Essa discussão não é sobre o direito da mulher ao seu corpo (que deveria ser inquestionável e protegido contra qualquer tipo de idiotice), mas de defender que crianças e adolescentes não sejam abocanhados pelo mercado do sexo. Não estou discutindo o sexo dos adolescentes, mas sim o seu uso comercial. Muito menos a legalidade da prostituição (e enquanto se discutia isso, mulheres que trabalhavam pesado a vida inteira sofreram na velhice, desamparadas e desassistidas). Estamos falando de meninas de 12 anos que podem até não ter sido empurradas para essa condição por pressão familiar, mas sofreram influência externa sobre sua sexualidade – da TV, dos amigos, de vizinhos, de ofertas irrecusáveis de bens materiais ou dinheiro, que atiçaram desejos ou fantasias sobre si mesmas e o mundo.

Por isso, a decisão de entrar no mercado de sexo antes de determinada idade não é individual e não pode ser. O Estado e a sociedade vão tutelar essa criança até que ela tenha maturidade para tanto. E quando isso ocorre? A idade de 14 anos para estupro presumível em caso de relações sexuais é um referencial. Bem como o trabalho a partir dos 14 (no caso de aprendiz) também o é. Mas é um referencial imporante. É uma marca que garante um certo número de anos para os mais jovens se desenvolverem, sendo protegidos, antes de cair na selva. Nos separa, portanto, da barbárie de ter que lutar pela sobrevivência desde cedo.

É claro que o tipo de pessoa que enxerga apenas a parte externa ignora um processo de formação interna da jovem ou do jovem, que é irremediavelmente prejudicado quando ele é despido de sua dignidade.
Nunca vou esquecer a patética intervenção do nobre vereador paulistano Agnaldo Timóteo a favor da exploração sexual juvenil há cinco anos. Em um discurso na Câmara, ele disse que o visitante que vem ao país atrás de sexo não pode ser considerado criminoso.

 “Ninguém nega a beleza da mulher brasileira. Hoje as meninas de 16 anos botam silicone, ficam popozudas, põem uma saia curta e provocam. Aí vem o cara, se encanta, vai ao motel, transa e vai preso? Ninguém foi lá à força. A moça tem consciência do que faz”, declarou. “O cara (turista) não sabe por que ela está lá. Ele não é criminoso, tem bom gosto.” Para Timóteo, há “demagogia e frescura”.

E isso porque o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a exploração sexual comercial de adolescentes até 18 anos.

Seguindo a linha de raciocínio, poderíamos legalizar uma série de situações em que há um descompasso entre a lei e a realidade. Deixaríamos de ter, em um passe de mágica, a prostituição infanto-juvenil, o trabalho escravo, o tráfico de seres humanos, fora preconceitos de raça, credo e classe. É só jogar por terra conquistas sociais obtidas na base do sangue e suor de gerações.

Em bom português, o que se propõe é o seguinte: já que o Estado e a sociedade são incompetentes para impedir que seus filhos e filhas dediquem sua infância aos estudos e ao desenvolvimento pessoal, vamos aceitar isso e legalizar o trabalho de crianças de 12 anos, incluindo aí a prostituição infantil. Por que o trabalho forma o cidadão.  ”O trabalho liberta”, como diria a frase na porta do campo de concentração de Auschwitz.

Em 2009, o STJ também havia afirmado que não há exploração sexual contra uma criança ou adolescente quando o cliente é ocasional. A corte manteve decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que rejeitou acusação de exploração sexual de menores por entender que cliente ou usuário de serviço oferecido por prostituta não se enquadra em crimes contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Dois réus contrataram serviços sexuais de três garotas de programa que estavam em um ponto de ônibus, mediante o pagamento de R$ 80 para duas adolescentes e R$ 60 para uma outra. O programa foi realizado em um motel. O TJMS absolveu os réus do crime de exploração sexual de menores por considerar que as adolescentes já eram prostitutas. E ressaltou que haveria responsabilidade grave caso fossem eles quem tivesse iniciado as atividades de prostituição das vítimas.

Alguns vão dizer que é uma questão técnica, de interpretação – como se o conhecimento da realidade e a subjetividade não influenciassem nessas decisões. Enfim, pimenta nos olhos das filhas dos outros é refresco.

Passando o município maranhense de Estreito, cruzando-se a ponte sobre o rio Tocantins e entrando no estado homônimo, há um posto de combustível. Entre bombas de combustível e caminhões estacionados, meninas baixinhas oferecem programas. Entram na boléia por menos de R$ 30, deixando a inocência do lado de fora.
Prostituição infantil não é novidade. E nem é vinculada apenas a uma classe social: há denúncias e mais denúncias de políticos e empresários que alugam barcos e hotéis para consumir as crianças que compraram. Ou festas regadas a uísque nas grandes cidades. Mas é ruim quando a gente se depara com isso. Ver meninas que deveriam estar estudando para uma prova de sexta série vender seus corpos e encararem isso como parte da vida dá um misto de raiva e sensação de impotência.
Anos atrás, não muito longe dali, no Pará, me apontaram bordéis onde se podia encontrar por um preço barato “putas com idade de vaca velha”. Ou seja, 12 anos.
“Ah, mas tem menina que gosta.”
E, por trás desta justificativa, muito homem que gosta ainda mais.

Fonte:  http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br


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Emocionem-se: Poesia - Pobre Povo

Mardilê Friedrich Fabre
Sequestrados em sua terra.
Maltratados, ultrajados
Negros, que a vista descerra
Maltrapilhos, mutilados...

Escravizados por mãos
Impiedosas, insaciáveis...
Surrados. Pobres irmãos!
Direitos? Só miseráveis.

Do negro, povo humilhado,
Albergaram-se hartos rastros
(como quem grita calado)
Na rotina e nos cadastros.

A crença modificada
Chegou até o senhor.
Agora é afiançada
(Quem diria!) por doutor.

Vítimas de preconceitos,
Relegados à sarjeta,
À pobreza são sujeitos.
O que lhes resta? Escopeta?

Fonte:  http://fremitosdaalma.blogspot.com.br


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Preconceito em camadas

Casos recentes de hostilidade racial contra crianças sugerem que, quando a cor perde força para estigmatizar, outros atributos asseguram a continuidade da discriminação

 José de Souza Martins - O Estado de S.Paulo

 

Dois casos recentes de preconceito racial contra crianças, em São Paulo, iluminam a complexa gravidade do problema e expõem aspectos pouco compreendidos do preconceito no Brasil. Um menino etíope, de 6 anos de idade, que não fala português, teria sido expulso por um dos garçons de um restaurante na Vila Mariana enquanto seus pais adotivos, brancos, espanhóis em turismo, se serviam do bufê. Ao voltarem à mesa e não o encontrarem, foram achá-lo na rua, chorando. Em outubro, num supermercado de Pinheiros, um menino de 10 anos, filho de pai negro e mãe branca, que é dentista, foi maltratado por um segurança, sob acusação de que estava incomodando os clientes.

Diferentemente do que ocorre no preconceito racial estrito, nesses dois casos haveria uma superposição de preconceitos, comum no Brasil, concentrados numa única pessoa ou em grupo social determinado. Na pizzaria, o garçom justificou-se dizendo que julgava ser aquele um menino de rua. No supermercado, o segurança entendeu que o menino perturbava os clientes. Nos dois casos, manifestou-se em primeiro lugar a prontidão preconceituosa e repressiva contra crianças pobres, que não eram. Supostamente sozinhos (num caso, os pais estavam por perto e, no outro, a mãe estava), sua presença em lugares onde se vai para comprar e consumir e não para perambular era anomalia que impunha o banimento.

O preconceito racial agregou-se a esse motivo de referência porque, nessa mentalidade, as figuras diferenciadas da criança e do negro não são apropriadas para ter presença num cenário cuja mediação constitutiva é o dinheiro. A mentalidade residual e arcaica que presidiu as duas manifestações é a mesma que presidiu a formação histórica deste país: dinheiro é instrumento de poucos, de pessoas emancipadas, o que se negou durante séculos ao escravo, porque era ele coisa e não pessoa, interdição que se estendeu por muito tempo a mulheres e se estende ainda hoje a crianças. Não obstante o cotidiano apelo a que crianças se tornem consumidoras e compradoras, sem contar milhões de crianças que trabalham.

Historicamente, na sociedade contemporânea, mais do que os direitos, no plano jurídico alcançados através das lutas sociais e reivindicativas, é o dinheiro que emancipa. O que esconde um terceiro fator da discriminação: a desigualdade de origem é apenas parcialmente indicada pela cor. É indicada, também, por outros atributos que não têm cor, derivações modernas da histórica e estamental diferenciação entre gente de qualidade e gente sem qualidade. Não é casual que boa parte da nossa vida cotidiana seja constituída por práticas para maquiar esses indícios, mesmo a raça, na adoção da toalete que encobre ou modifica traços estigmatizantes, do gesto ao cabelo. É como as vítimas mais experientes procuram se defender.

Estamos em face de uma significativa mudança qualitativa no preconceito racial brasileiro. Nos anos 50, Oracy Nogueira, professor na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, publicou um estudo que se tornaria um clássico da sociologia das relações raciais no Brasil - Preconceito Racial de Marca e Preconceito Racial de Origem. Nele, Nogueira distingue o preconceito justificado pelo nascimento, como nos Estados Unidos, do preconceito justificado pela cor, caso do Brasil. O preconceito racial não é sempre o mesmo em todas as partes. Reduzido ao estigma da cor, o preconceito é aqui relativamente volátil. A cor pode ser diluída na mestiçagem, o que não ocorre nos Estados Unidos, pois lá é a origem racial e não apenas a cor que conta. Por isso, lá o preconceito leva à exclusão; aqui leva à preterição.

No entanto, nos casos ocorridos recentemente e em outros casos envolvendo preconceito racial contra crianças, a superposição de preconceitos de várias referências sociais parece indicar a cor como atributo subsidiário de um preconceito social que tem muito de preconceito de origem. Esses casos sugerem que, à medida que aumentam o mascaramento e a resistência à discriminação racial e a cor deixa de ser eficaz para estigmatizar, discriminar e preterir, outros atributos são ressaltados nas vítimas, para assegurar que a discriminação continue sendo eficaz.

Combater o preconceito no Brasil como mero preconceito racial, através de ações corporativas dos vários grupos sujeitos a preconceito, mistifica-o e dificulta a sua superação. Ele é aqui preconceito múltiplo e combinado, o que nos remete às nossas origens estamentais, da desigualdade fundada no nascimento, raiz estrutural das nossas desigualdades sociais, independente da raça. Ele é ao mesmo tempo de riqueza, de gênero, etário, de orientação sexual, religioso (a perseguição aos praticantes do candomblé, no passado). A cor é mero indício desse complexo de preconceitos. Mero resquício de um passado peculiar de desigualdades sociais. O étnico nunca foi decisivo no nosso preconceito. Foi o pretexto. Sublinhá-lo encobre sua perversa complexidade.


JOSÉ DE SOUZA MARTINS É SOCIÓLOGO, PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE FILOSOFIA DA USP, AUTOR, ENTRE OUTROS, LIVROS, DE UMA ARQUEOLOGIA DA MEMÓRIA SOCIAL - AUTOBIOGRAFIA DE UM MOLEQUE DE FÁBRICA (ATELIÊ EDITORIAL, 2011)

Fonte:  www.estadao.com.br


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'Matei 255 pessoas e não me arrependo', diz ex-atirador americano no Iraque

Biografia de atirador de elite da Marinha lança luz sobre a psicologia da guerra ao narrar ações em conflito

 Chris Kyle lança livro e diz que não dará conta a Deus pela morte dos “selvagens”

 Um jovem cristão que se define como “um cowboy do Texas” se alistou na Marinha e logo passou a fazer parte da equipe de elite Seals. Em pouco tempo tornou-se o atirador mais mortal da história americana. Essa é a história que Chris Kyle conta em sua biografia, American Sniper [Atirador de elite americano]. Seu relato foi para as livraria este mês e gerou uma discussão sobre como funciona a mente de um soldado que se orgulha em matar. Quando as forças americanas foram para o Iraque em 2003, Chris Kyle recebeu um rifle de sniper e pediram que ajudasse um batalhão de fuzileiros a entrar em uma cidade iraquiana. Uma multidão veio até os soldados. Através da mira telescópica, ele viu uma mulher com uma criança no colo, aproximando-se da tropa. Ela tinha em sua mão uma granada pronta para ser detonada. “Esta foi a primeira vez que precisava matar alguém. Eu não sabia se seria capaz de fazê-lo, fosse homem ou mulher”, lembra Chris. “Tudo passou correndo pela minha mente. Era uma mulher, em primeiro lugar. Em segundo lugar, pensei “isso é certo”, é justificável?” Antes de chegar a uma conclusão ele pensou também. “Ela já tomou a decisão por mim. Ou meus compatriotas americanos morrem ou eu a derrubo”. Então ele puxou o gatilho.

 Kyle permaneceu no Iraque até 2009. Segundo dados oficiais do Pentágono, matou 160 pessoas. Sua própria contabilidade indica um número muito maior: 255 mortes. Ele entrou para a história do exército americano como seu “maior franco-atirador”. Durante seu tempo no Iraque, ele foi batizado de “O demônio” pelas forças inimigas, que chegaram a oferecer uma recompensa de US$ 20.000 por sua cabeça. Hoje, casado e com dois filhos, ele já se aposentou do exército. Em seu livro recém-publicado ele afirma não ter arrependimentos. “É um sentimento estranho”, admite. “Ver o corpo de um morto … sabendo que foi você que causou isso”. 

Mas o comentário seguinte surpreende. “Cada uma das pessoas que eu matei… Acredito realmente que elas eram más… Quando estiver diante de Deus terei de dar conta de um monte de coisas, mas não por ter matado qualquer uma dessas pessoas… eram selvagens”. Um estudo sobre snipers feito em Israel demonstra que a religião influencia na maneira como um franco-atirador vê seus inimigos. “Matar alguém que está muito distante, mas continua sendo uma pessoa”, diz a antropóloga Neta Bar. ”Eu diria que é algo íntimo.” Ela estudou as atitudes de 30 atiradores israelenses que lutaram nos territórios palestinos entre 2000 e 2003. Uma de suas conclusões é que, enquanto muitos soldados israelenses chamavam os militantes palestinos de “terroristas”, snipers geralmente se referiam a eles como seres humanos. “A palavra hebraica para o ser humano significa ´filho de Adão´. Esta foi a palavra que usaram muito mais do que qualquer outro termo quando falavam sobre as pessoas que mataram”, explica. “Ali está alguém cujos amigos amavam e tenho certeza que era uma pessoa boa, porque fazia isso por ideologia”, disse um franco-atirador que assistiu através das lentes do rifle uma família chorando sobre o corpo de um homem que ele tinha acabado de matar. ”Mas da nossa parte estamos impedido a matança de inocentes, por isso não nos arrependemos”, concluiu ele. 

Na maioria das forças militares, atiradores de elite são sujeitos a rigorosos testes e treinamento, sendo escolhidos pela aptidão. Mas os estudos de Neta Bar apontam que muitos deles só apresentam problemas anos depois da guerra, após retornarem ao convívio social normal. Para franco-atiradores da polícia, que trabalham no meio da sociedade e não em uma zona de guerra, as dúvidas, ou mesmo o trauma, podem surgir muito mais cedo. Brian Sain, um policial e franco-atirador no Texas, diz que muitos policiais e atiradores de elite do exército têm conflitos interiores por terem matado de forma “tão íntima”. “Não é algo que você pode compartilhar com a sua esposa. Não é algo que você pode dizer ao seu pastor”, diz Sain, um membro do Spotter, uma associação americana que apoia snipers traumatizados.

Fonte:  http://operamundi.uol.com.br


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terça-feira, 27 de março de 2012

Qual a sua opinião? Quero ouvir vocês.


'Assexuais são os novos gays', diz especialista em celibato

JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


O novo movimento dos sem desejo é fruto das conquistas de outras minorias, diz Elizabeth Abbott, especialista em celibato da Universidade de Toronto, no Canadá.

"Esse é o tema do momento. Os assexuados são os novos gays. A exemplo dos homossexuais na década de 1970, eles são vistos como doentes e sofrem punições sociais por suas escolhas", diz. 
 Turma da Rede de Educação e Visibilidade Assexual (Aven, na sigla em inglês) na última parada gay de São Francisco.


Se os celibatários se reprimem em nome de uma causa, assexuados não têm impulso sexual: "Celibato é uma atitude 'santa' de controle dos instintos. Já assexualidade é vista como ausência de instintos, como se a pessoa não fosse um ser humano pleno", compara a historiadora.

Grupos de apoio a assexuados podem soar tão sem sentido quanto grupos dos que não curtem chocolate: não há violência contra assexuados nem barreiras para que façam o que querem -uma vez que eles não querem fazer nada.

Mas a categoria vê motivos para se unir: "Vivemos em uma sociedade que enaltece ideias românticas e vende sexo o tempo inteiro. A gente quer ser respeitado e não ser constrangido por não ter as mesmas motivações dos outros", diz o estudante Ricardo Oliveira, 21, do Paraná.

Alguns buscam as redes para lidar bem com o assédio de família e amigos, que tentam empurrar pretendentes.
Já os românticos procuram parceiros que aceitem uma relação sem sexo. Como o engenheiro gaúcho Ricardo, 25. Ele conta que, quando deu o primeiro beijo, aos 14, não sentiu nada:
"Estava apaixonado, tinha expectativas altas, mas nada aconteceu".


Hoje, assexual assumido para alguns amigos e familiares, Ricardo tem problemas para arrumar companhia. "Como acha que sua namorada ficaria se você falasse para ela: 'Gosto muito de ti, mas não sinto vontade alguma de sexo', estranho, não?".

Os militantes acham que assumir sua assexualidade fará outros se sentirem melhor com a falta de libido.

No Brasil, o site assexualidade.com.br, com um fórum anônimo e sala de bate-papo, atrai 70 visitas diárias. É mantido pelo estudante Júlio Neto, 21. "Assexualidade é algo ainda estranho para o brasileiro, por conta da nossa cultura, muito sensual", diz.
Dono de uma loja de informática em Pernambuco, ele diz não ter medo do julgamento social: "Sou o que sou, mas entendo quem não se expõe, é difícil ser apontado como esquisito".

Julio eventualmente beija garotas: "Não posso chamar o que faço de 'ficar'. É mais complicado, e a menina nunca entende como 'ficar'". 

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br



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Casamento Igualitário



  
Como deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, mas também como cidadão homossexual e ativista de direitos humanos, vou propor ao congresso brasileiro a aprovação de um projeto de emenda constitucional para garantir o direito ao casamento civil a todas as pessoas, sejam gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais ou heterossexuais. Este site foi criado para apoiar esse projeto.
“Casamento civil” quer dizer que serão os mesmos direitos com os mesmos nomes, porque a nossa Constituição Federal diz que todas as pessoas são iguais perante a lei e não devem sofrer discriminação. Esses princípios, além de fazerem parte do nosso texto constitucional, são lei para todos os países que assinaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos que, no artigo 1º, estabelece: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. O princípio da igualdade e o direito a não sofrer discriminação são reconhecidos em todos os tratados internacionais de direitos humanos.

A proibição do casamento aos homossexuais não só desrespeita esses princípios, priva-nos a gays e lésbicas de uma longa lista de benefícios sociais e nos exclui de uma celebração que tem efeitos ordenadores em nossa cultura, como também persegue uma forma de igualação autoritária que nos oprime,  já que parte do pressuposto de que todas as pessoas deveriam ser heterossexuais — como se isso fosse possível.

Estamos falando de uma forma de discriminação do mesmo tipo que a exclusão das mulheres do direito ao voto, a proibição do casamento inter-racial, a segregação de brancos e negros, a perseguição contra os judeus e outras formas de discriminação e violência que, mais tarde ou mais cedo, emergiram à superfície e ficaram em evidência como tais. Da mesma maneira que hoje não há mais “voto feminino”, mas apenas voto, nem há mais “casamento inter-racial”, mas apenas casamento, chegará o dia em que não haja mais “casamento homossexual”, porque a distinção resulte tão irrelevante como resultam hoje as anteriores e o preconceito que explicava a oposição semântica tenha sido superado.

A nossa luta pelo casamento, portanto, é também pelo reconhecimento social e político da dignidade e da condição humana das pessoas homossexuais. É  uma luta cultural e simbólica. Nos países onde o Estado reconheceu o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, as novas gerações crescem e se educam sabendo que gays e lésbicas não são melhores ou piores do que os heterossexuais, mas apenas diferentes e que nossas famílias valem o mesmo que as famílias de origem heterossexual e merecem o mesmo respeito e reconhecimento. A lei também serve para educar.

O projeto de emenda constitucional que estou impulsionando na Câmara dos Deputados levará ao parlamento brasileiro o grito de milhões de seres humanos que querem ser respeitados, livres e iguais perante a lei, não somente no papel como também na prática. Mas nós queremos ser iguais de verdade. Por isso, não queremos “união civil”, mas casamento, porque não existe a quase-igualdade, mas somente a igualdade e a desigualdade. Algum político democrático defenderia que quando um negro se casa, seu casamento fosse chamado pela lei com outro nome, por exemplo, “união civil de negros”? A “união civil”, como instituição alternativa ao casamento, destinada aos casais do mesmo sexo, seria uma sorte de gueto. Meu projeto, como os que já foram aprovados em outros países, defende que o casamento deve ser o mesmo para todos, deve ter os mesmos requisitos e efeitos, deve garantir os mesmos direitos e obrigações e deve levar o mesmo nome.

Acredito, ademais, que esta proposta seja a resposta mais adequada do poder legislativo à sentença do nosso Supremo Tribunal Federal, que recentemente decidiu que os casais do mesmo sexo constituem família, podem formar uma união estável e devem ter reconhecidos todos os direitos que a Constituição Federal garante às uniões estáveis. Sabemos que um desses direitos, conforme o art. 226 § 2, é o casamento civil, como já foi esclarecido em vários processos por juízes de diferentes estados. O legislativo não pode continuar se omitindo!

Sou o primeiro deputado gay fora do armário da história do meu país. É um grande orgulho, mas também uma enorme responsabilidade, que assumo com alegria e convicção. Vou trabalhar para que o nosso país seja o próximo a conquistar o casamento igualitário e reconhecer a cidadania a gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Esse é o meu compromisso pessoal com todos os brasileiros e as brasileiras.

 Jean Wyllys

 http://casamentociviligualitario.com.br


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sábado, 24 de março de 2012

Sexo, Prazer e Mulher


Por  Terezinha Barreiro




Essa semana, durante o programa de tv, Bem Vindo ao Paraíso, na Lagos Tv - CaboFrio, no qual participo falando sobre sexo, me foi pedido para falar sobre o prazer sexual da mulher, então, vamos lá.
Sexo é muito mais do que apenas penetração. É um conjunto de carícias e estímulos que, muito antes de chegar na penetração, faz com que o corpo já comece a “trabalhar” de forma a preparar-se para o orgasmo. A boca fica mais vermelha, assim como o órgão genital, devido ao aumento de circulação sanguínea, o batimento cardíaco é aumentado, a respiração fica mais rápida e ofegante, o clitóris fica intumescido, assim como os mamilos e começa a acontecer a lubrificação vaginal. No aspecto psicológico, tudo começa a se encaixar, porque seu corpo pode estar pronto, mas caso não haja conexão de corpo e mente, com certeza você não conseguirá tirar prazer desse momento. É a hora das emoções tomarem conta da situação. Observe que, mesmo você estando num alto grau de excitação, se o seu emocional não estiver “ligado”  e inteiramente pronto,  não vai rolar orgasmo nenhum. Pode rolar prazer, mas orgasmo não. Tudo está interligado, afinal, se fosse diferente, seríamos apenas bonecas infláveis.
O prazer sexual da mulher é muito abrangente, no sentido físico da questão. Com o emocional “super conectado”, ou seja, sem restrições emocionais do tipo ressentimento, culpa, etc,  a mulher pode ter prazeres diferenciados em cada parte de seu corpo e também diferenciados em sua vulva. Boca, pescoço, pele, mamilos, trazem grande prazer, mas saber manipular a genitália, com certeza é o caminho para o prazer máximo: o orgasmo.
Vejamos, a mulher possue,  como centro máximo de prazer, o clitóris. É nele que está concentrado a grande inervação que leva os estímulos ao cérebro e graças à ele o orgasmo acontece. Por mais que ainda se pense, mulheres e homens, que o prazer maior venha da penetração, lembro à todos que, ao penetrar a vagina, todos os feixes nervosos do clitóris são ativados conforme os movimentos e o atrito que pênis faz nessa inervação, porém, o orgasmo vaginal NUNCA será tão intenso como o orgasmo que a mulher sente ao ter seu clitóris estimulado.  Na dúvida, explico  aqui que, prazer clitoriano NÃO está ligado ao lesbianismo, como muitos pensam. Esse tipo de prazer nasce com a mulher, é dela, o que justifica que uma mulher poderá permanecer virgem por toda a vida, mas não estar ausente de sentir prazer extremo. Portando, clitóris, vagina e anus são geradores de prazer. Os tabus, as mentiras, a culpa, os traumas, medos e falta de informação, somados a um parceiro que desconheça o corpo da parceira e não saiba ouvi-la na hora do sexo, sobre o que e como ela gosta, são fatores responsáveis por tanto sexo e tão pouco orgasmo que observamos hoje em dia, ainda.
Ficar de bem consigo mesma é tirar o máximo de prazer que a vida oferece. Tenham um ótimo orgasmo.






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quinta-feira, 22 de março de 2012

Mulheres que não sentem Prazer

Por  Terezinha Barreiro



O prazer é para todos, mas não é bem assim que acontece com uma parte da população mundial.

Mulheres que se escondem do mundo e de si mesmas, que se acham incompetentes no seu dia a dia, mulheres inseguras e carentes são, em geral, candidatas à anorgasmia.

Anorgasmia, ou seja, a ausência de orgasmo na mulher, ocorre por diversos motivos e de formas diversas. Pode ser geral, quando a mulher nunca sentiu prazer; pode ser parcial, quando a mulher já teve orgasmos e não tem mais e situacional, quando, por motivo de dor, perda, separação ou outros motivos atuais a impedem de ter orgasmo. Todas são relevantes, mas a mais comum de ser encontrada é o primeiro caso, ou seja, a mulher que não conhece a palavra “orgasmo”. 

Repressão é a palavra de ordem nesse universo de falta de prazer. Meninas que aprendem que seu corpo é sujo, que mulher tem que ceder toda vez que seu marido quiser sexo, orientadas que devem estar sempre de banho tomado na hora de dormir porque “nunca se sabe quando ele vai querer fazer sexo”, que gemer e sentir prazer é coisa de vagabunda...Pode-se não acreditar que essas frases ainda existam ou não se encaixam nos moderníssimos  dias de  hoje,  no mundo das tchutchucas e popozudas, mas, infelizmente, acontece sim.

À nossa volta, sempre observamos uma ou mais mulheres que se diferenciam das demais, como se não fizessem parte do contexto. São mulheres com roupas discretas demais, fechadas, em cores mortas, sem vaidade e sem expressão. Não que isso as categorize de forma geral. Longe de mim passar a ideia que “todas” as mulheres com a descrição acima são anorgásmicas, mas sim que mulheres que não tem orgasmo transparecem seus conceitos deturpados de sexo em suas roupas e jeito de ser.

 Apesar desta ser uma descrição genérica, vale lembrar que essa falta de prazer acontece não só com o parceiro, mas também com a masturbação. Permitir tocar-se é uma questão que ainda é tabu para a maioria das mulheres, na alegação que não é suficiente por ausência da penetração, quando na verdade o prazer está dentro de cada indivíduo, seja mulher ou homem. Juntos se completam, mas separados são perfeitamente capazes de se dar prazer.

O caminho para o fim dessa  falta de prazer extremo é o consultório de psicologia. Psicoterapia e auto conhecimento são as únicas saídas. Afinal, ter prazer não é uma obrigação, mas sim uma arte de ser feliz e realizada.


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terça-feira, 20 de março de 2012

A Marcha das Vadias

Aos curiosos e, até mesmo, chocados com essa manifetação, vamos ao esclarecimento de tal evento.
A idéia da marcha surgiu em 03 de abril de 2011, no Canadá e desde então tornou-se um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro  pediram isso devido as suas vestimentas. As mulheres durante a marcha usam roupas provocantes: como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã.
Bem, hoje, aqui no Brasil, acabamos de ter a Marcha das Vadias em Natal , RN. Impressiona a rapidez com que a idéia do movimento tomou forma. É certo dizer que mulheres vítimas de abusos sexuais e estupros não faltam, e que feministas para defender a causa também não, mas daí partir para as ruas...bem, cala a boca dos que dizem que brasileiro(a) é acomodado(a).
Esse grito de basta, atravessado na garganta há tantos séculos, agora aparece ilustrado em passeata, com direito a corpos pintados, roupas pequenas e "desaforadas", perucas e maquiagem chamativas, que me lembram o inesquecível fime "Priscila, Rainha do Deserto" que como tal, mostra as agruras da vida de travestis, difilculdades em ser aceito na sociedade, sensibidade e esperança de dias melhores.
A intenção da exposição corporal é para "chamar atenção mesmo", mas não no intuito pejorativo, como muitos pensam e outros tantos acreditam, que mulher "é tudo vagabunda, puta mesmo". Calma aí, gritar por direitos legais, por espaço na sociedade, para defender-se moralmente e defender seu corpo, nada tem haver com vulgaridade. Pense bem, será que prestariam atenção numa marcha de mulheres vestidas à la donas de casa, vendedoras, atendentes, psicólogas(me coloco aqui de roupinha formal), ou outras tantas profissões? Claro que não. Por isso a manisfestação é um estardalhaço colorido, sensual, sexual, com cartazes e frases bombásticas. É um grito, não uma caminhada.
Infelizmente, tudo acontece porque o machismo(o sufixo "ismo" já denota um desvio de comportamento) não arrefeceu com o passar dos séculos e consequentemente, atitudes revoltantemente são repetidas. Usam as roupas de uma mulher como desculpa para seus atos libidinosos, traumáticos e até mortais, na alegação mais atroz de todas: "Com aquele shortinho ela tava pedindo..." Selva, parafraseando os isolados do reality show. Não, senhores machistas e senhoras também. Não estamos na selva e sim numa s-o-c-i-e-d-a-d-e, portanto, devemos nos comportar como indivídios sociais, com regras, obrigações, direitos legais e respeito ao outro. Suas opiniões não mudam as leis, nem tampouco tiram direitos. Seus pensamentos e atitudes sexuais vorazes não fazem da mulher sua "vítima". Vítima ela se transforma quando alguém, tão incapaz de conquistar e se envolver, literalmente, bota a mão e arrasta para a caverna da dor e do ultraje.
Com muita sinpatia e esperança, esperemos que essa marcha se alatre por todo o nosso Brasil, até quando...até que os machistas desapareçam da face do país inteiro e do mundo, enfim.
A mulher não nasceu para o  homem, como o inverso também é verdadeiro. Cada um nasceu para si, é de si e vive muito bem sem o outro, sem que com isso não possam unir-se em respeito e sentimentos construtivos.



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Adolescência e as primeiras experiências sexuais






As características da sexualidade são variadas conforme a idade. Nas crianças, com idades entre zero e 18 meses, começa o processo de aprendizagem da identidade homem/mulher e dos papéis sexuais. Neste período, a criança passa a lidar com a representação cultural do que é ser homem ou mulher. É nessa fase que o bebê começa a experimentar o próprio corpo e a ter as primeiras experiências sexuais, ganhando intimidade e confiança principalmente com a própria mãe.
A apreciação e o exame dos próprios genitais ocorre entre os 18 meses e os três anos de idade. Depois disto, até os quatro anos, a criança tem sua própria explicação sobre a origem dos bebês, sendo capaz de assimilar atitudes sexuais - negativas ou positivas - do meio onde vive. Entre cinco e seis anos, a criança apresenta idéias fantásticas de como os bebês são gerados. É neste período, que o outro começa a ser incluído nos jogos sexuais. A partir dos sete anos, apesar do interesse em assuntos sexuais, a criança fica retraída com os contatos mais íntimos. Mesmo assim, mantém brincadeiras sexuais com crianças do mesmo sexo.





As profundas transformações da puberdade começam aos 10 anos, quando a criança conhece também a prática da masturbação. A partir de então, acentua-se o desejo de relacionamento com o outro. Normalmente, os adolescentes com 14 anos têm um amigo íntimo e canalizam o erótico para histórias, confidências e piadas. Com 15 anos, ocorre a abertura para a heterossexualidade e o adolescente começa a ter sua identidade sexual afirmada. Dos 17 aos 23 anos, essa identidade é consolidada e o jovem passa a ter um objeto amoroso único, com quem mantém intercâmbio amoroso. Neste período, ele passa a dar e a receber.



É a partir da adolescência que o jovem começa a se preocupar com os riscos trazidos pela Aids. A desinformação costuma reforçar os preconceitos. Trocar beijos e carícias; apertar as mãos; ter contato com suor, lágrima e saliva; usar os mesmos pratos, talheres, copos, vasos sanitários ou assentos; não significam riscos.






A Aids não é o único risco trazido com o início de uma vida sexual ativa, apesar de ser o mais temido. A gravidez indesejada e a contaminação por outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também merecem atenção. A pílula e a camisinha não são as únicas formas de prevenção. Existem outros métodos que podem ser adotados, desde que haja o acompanhamento de um médico ou orientador sexual. Quando se pensa em adolescência, as recomendações mais comuns são a pílula para a gravidez indesejada e a camisinha para as DSTs. Para evitar a gravidez, é possível adotar ainda métodos como o coito interrompido, a temperatura basal e a tabelinha. No entanto, são opções menos confiáveis. Os métodos chamados de barreiras são os preservativos masculino e feminino, o diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há ainda os anticoncepcionais orais (pílula) e os injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia.






A sociedade erotizada chama a atenção para os riscos físicos do sexo, esquecendo-se de outro ponto que é tão importante quanto a saúde do corpo: a mente sadia. Atualmente, a mídia tem sido o meio mais feroz de incentivo à vida sexual. No entanto, este incentivo tem uma proporção infinitamente mais voltada para o lado negativo.



Na televisão, por exemplo, são muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois. Um dos exemplos de erotização diz respeito à forma como a sociedade encara a virgindade. Ser virgem não significa de maneira alguma estar fora do mundo atual, mas estar em um momento de reflexão. A pessoa virgem ainda não se sente preparada para enfrentar a relação sexual com a maturidade que ela merece. E isto independe da idade.



Como as pessoas desconhecem este verdadeiro sentido da virgindade, torna-se antiquado ser virgem. Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer, diante da turma, que já tiveram a primeira relação sexual, para não serem massacrados diante de comentários e piadas dos colegas.






A virgindade é simbolizada pela perda do hímen pela mulher e pela primeira relação sexual do homem. Mas ela precisa ser vista de forma mais ampla. A virgindade será sempre perdida quando iniciarmos um novo relacionamento, independente de ser o primeiro ou não. O hímen não deve direcionar o que é ser virgem e, sim, o contato com um novo parceiro, que sempre vai representar uma nova descoberta. Assim, ao longo da vida, a pessoa estará sempre perdendo a virgindade a cada novo encontro.



Estar maduro para a primeira relação sexual é compreender o que ela significa e saber lidar com os problemas que ela pode trazer. A gravidez indesejada, as DSTs e os problemas relacionais são algumas das dificuldades que podem aparecer. No entanto, vivido de forma adequada, o sexo possibilita que a pessoa usufrua de imensos prazeres.






A falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz inúmeros riscos - orgânicos e psicológicos. A gravidez indesejada, as DSTs, a insatisfação pessoal, o arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento são alguns desses riscos.



Todo passo na vida deve, se possível, ser planejado, diminuindo as chances de se tornar um problema. Minimizar esses riscos será sempre uma responsabilidade de cada indivíduo, que deve buscar a orientação adequada, por meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual, livros especializados e a própria compreensão.






O trauma psicológico aparece sempre que a pessoa se inicia em qualquer área sem estar preparada. Os problemas psicológicos futuros, neste caso, são inevitáveis. No caso sexual, a iniciação inadequada pode refletir na conduta dos anos seguintes, trazendo ansiedade durante a relação sexual, disfunções e dificuldades no relacionamento. Todos estes problemas influenciam no cotidiano, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem vivenciado.






Para algumas pessoas, as experiências sexuais só ocorrem anos mais tarde, apesar de a adolescência ser um momento da vida em que a própria biologia leva ao envolvimento sexual. Para quem ultrapassou esta fase e não vivenciou o sexo, o risco de conflito é grande. No entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto, carinho e comunicação e não apenas genitalidade, não haverá problemas. Se existe o conflito, é necessário buscar ajuda profissional.



O indivíduo deve buscar o equilíbrio da vida sexual, parando de exigir de si mesmo uma atitude que não pode ser assumida naquele momento.




Fonte:  Equipe Editorial Bibliomed   -   http://boasaude.uol.com.br





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