sexta-feira, 27 de abril de 2012


Brasileiro é falso moralista e duas caras quando se trata de sexualidade, dizem historiadores


Cléo Francisco

Do UOL, em São Paulo


Para historiadora, o papel da igreja na formação da nossa sociedade a formar a dupla moral brasileira. Use o campo de comentários desta página para opinar sobre o tema

·  No carnaval, os desfiles das escolas de samba mostram mulheres seminuas a sambar. Emissoras de TV fazem a cobertura dos bailes gays nessa época. Telejornais exibem imagens da folia nos blocos em todo país onde a sensualidade rola solta. Fora do Carnaval, São Paulo celebra a diversidade sexual e vira palco de uma das maiores paradas gay do mundo. Em 2009, a universitária Geisy Arruda teve de sair da faculdade em São Bernardo do Campo (SP) escoltada por policiais e ouvindo xingamentos por usar um vestido considerado justo e curto. A intolerância também frequenta a Avenida Paulista, local cujas câmeras ali instaladas costumam registrar, com frequência, ataques a homossexuais.
"A mesma avenida que abriga uma das maiores paradas gay do mundo é o lugar onde se mata homossexuais. É inadmissível. Somos pessoas de duas caras, falsos moralistas", afirma a historiadora Mary Del Priore, que estuda a sexualidade no Brasil ao longo dos séculos. Mary acaba de lançar o livro "A Carne e o Sangue" (Editora Rocco), que aborda o triângulo amoroso constituído por Dom Pedro I, a Marquesa de Santos e a imperatriz Leopoldina. "D. Pedro dizia que fazia ‘amor de matrimônio’ com Leopoldina e ‘amor de devoção’ com Domitila. Do sangue nobre cuidava a mulher, que lhe dava os filhos e era a matriz. O prazer era com a outra. A imperatriz era muito religiosa e tinha horror ao sexo. A marquesa, ao contrário. E D. Pedro era um inconsequente machista, que teve dezenas de amantes", conta Mary.

Segundo a historiadora, o papel da igreja na formação da nossa sociedade no século 19 ajudou a formar essa dupla moral. "A casa tinha de ser o exemplo da sagrada família de Maria, José e Jesus, voltada para os valores mais altos que preconizava a igreja católica. A igreja consagra o matrimônio como obrigatório. Mais do que isso: o sexo dentro do casamento tinha de ser higiênico e a única preocupação era a reprodução". De acordo com a pesquisadora, a igreja regulamentava inclusive o que deveria acontecer entre quatro paredes.


“Os beijos eram condenados. Os padres confessores perguntavam o que as pessoas faziam no quarto e reprovavam todo tipo de toque no corpo com objetivo de ter prazer. A posição da mulher sobre o homem era contrária à lei divina. E ficar de quatro seria uma forma de animalizar o ato. Esse casamento sem prazer vai incentivar o sexo prazeroso fora de casa", declara a historiadora. E ela inclui outro exemplo da ambiguidade moral do brasileiro: as pornochanchadas da década de 70. "Há vários estudos que mostram que esse foi um momento de revolução sexual. Mas uma característica comum nesse tipo de filme é que o homem que pega todo mundo está sempre atrás de uma virgem. E a prostituta sonha com casamento de véu e grinalda. No Brasil, a mulher sempre teve de ser pura, virgem, não saber de sexo. Isso depunha contra o sexo feminino até pouco tempo", comenta Mary.

Você acha que o brasileiro é falso moralista?
·         Não. De um modo geral, acho que somos um povo bem liberal.
·         Sim. No Brasil, as pessoas se dizem liberais, mas é tudo fachada.
·         Não dá para generalizar. Há brasileiros moralistas, falsos moralistas e liberais.


Homossexuais são assassinados e mulheres mentem sobre parceiros

O preconceito contra as mulheres que praticam sexo livremente permanece, segundo Mirian Goldenberg, antropóloga e professora na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).  "Estive na Suécia fazendo pesquisas sobre as mulheres. Lá, elas não são julgadas pelo comportamento sexual, se teve 20 parceiros ou um. Aqui as meninas mentem. Elas me dizem que se falarem que tiveram mais de três parceiros não arrumam namorados. E olha que estou falando de jovens que estudam ciências sociais", diz Mirian, que acrescenta: "No Brasil,  ter marido e constituir família é de um valor enorme para a mulher. Numa cultura assim, é difícil ter liberdade sexual. Conheço algumas que têm medo do porteiro do prédio. Homem entra com dez mulheres no apartamento sem nenhum problema. Elas não fazem isso. Esse tipo de preconceito afeta o cotidiano  e já deveria para ter acabado", afirma a antropóloga que estuda a sexualidade na classe média carioca desde 1988 e é autora dos livros "Toda Mulher é Meio Leila Diniz"  e "Por Que Homens e Mulheres Traem?" (Edições BestBolso).
O preconceito pode assumir formas agressivas e terminar em mortes como mostra o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais do Grupo Gay da Bahia. De acordo com o documento, em 2011, ocorreram 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país. Isso significa um aumento 118% desde 2007, quando foram registrados 122 casos. Esses números foram obtidos através de pesquisas em jornais, internet e notificação de pessoas ligadas às vítimas.

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Parada do Orgulho Gay de São Paulo com bandeira na avenida Paulista (2011); avenida também é palco de violência contra homossexuais



Embora os dados alertem para a violência cometida contra esses grupos, mostram também uma mudança social, de acordo com Sérgio Carrara, professor de antropologia do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e coordenador do Centro Latino Americano Em Sexualidade e Direitos Humanos. "Acho uma modificação importante no cenário a maior visibilidade que os crimes homofóbicos estão tendo na mídia. Começa-se a discutir e reconhecer a existência dessa situação. Vivemos um processo histórico, onde está se exigindo respeito e reconhecimento. Mas isso produz reações e situações de conflito de moralidades distintas", comenta o professor.

Para o psiquiatra e sexólogo Ronaldo Pamplona da Costa, a ignorância está na raiz do problema. "Todo preconceito com relação à sexualidade é baseado na falta de conhecimento sobre o assunto. De uns anos para cá, começou a ser tratado como impróprio mostrar preconceitos sobre sexualidade. As pessoas passaram a posar de conhecedores ou liberais quando nem entendem do assunto. Isso resulta no brasileiro falso liberal", diz o médico, autor de "Os Onze Sexos" (Editora Gente), lançado em 1994 no qual abordou os cinco tipos de sexualidade  para homens e mulheres (heterossexualismo, homossexualismo, bissexualismo, travestismo e transexualismo), acrescidos de um  11º grupo chamado de intersexo, onde estão agrupadas pessoas com defeitos físicos internos ou externos na região genital como hermafroditas, por exemplo. "Na época, sabia-se só sobre o heterossexualismo e colocava-se na mesma sacola do homossexualismo todas as outras sexualidades", diz Ronaldo.


Para dar uma ideia do desconhecimento sobre a sexualidade, o médico cita a própria categoria profissional. "Na faculdade de medicina não tem estudo da sexualidade nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Só  como funcionam os órgãos genitais com vistas à reprodução", diz o psiquiatra. "Ninguém nasce preconceituoso. Ao longo da educação as pessoas vão assimilando isso. Um homossexual pode ser preconceituoso em relação à própria sexualidade em alguma medida porque, no geral, fomos criados para sermos heterossexuais",  fala Ronaldo, relatando que, recentemente, atendeu em seu consultório uma jovem universitária que se assumia homossexual, embora não tivesse tido a prática, e que já havia feito amplas pesquisas sobre o tema. "Depois entrou a mãe dela, sozinha, uma mulher com curso superior, dizendo que não aceitava de forma alguma essa situação e que faria tudo para que a filha deixasse de ser homossexual." 

Preconceito: modo de combater

Para que homens e mulheres possam exercer livremente a sexualidade, sem medo de se tornarem vítimas de ataques de qualquer natureza, serão necessárias muitas mudanças, segundo os especialistas.  "Temos liberdade política, mas não somos cidadãos. Democracias requerem esse sentimento. E não temos isso porque não temos educação", diz Mary Del Priore, que ainda faz críticas às mães. "Elas dão no leitinho para o filho homem a superproteção, a homofobia. É uma mulher que adora ser chamada de gostosa, que se identifica com mulher fruta, para quem mulher inteligente é sapatão. É a mãe a figura que transmite esse preconceito e essa dupla cara", diz a historiadora.

Mirian Goldenberg pensa da mesma forma. "O valor da brasileira sempre foi muito associado ao seu corpo, que tem de ser sexy, seduzir. Uma mulher alemã, por exemplo, é poderosa porque tem cargo de chefia, dinheiro, pode decidir, é algo objetivo. O poder da brasileira sempre foi associado à sexualidade dela para a sedução do outro e não para o próprio prazer. Todo o peso do julgamento tem a ver com a imagem corporal que ela constrói", diz Mirian, que acha mais complicado lutar contra o que chama de preconceito invisível.
"As atitudes mais violentas de intolerância acabam indo parar na TV e geram movimento de repúdio. Mas ao nos submetermos mentir no dia a dia, ter medo do julgamento do porteiro, evitar o decote para não sofrer preconceito, nós só o reforçamos", diz Mirian, que cita uma figura famosa por quebrar tabus nos anos 60. 
"Como Leila Diniz acabou com o estigma da mulher grávida não poder mostrar a barriga? Foi para a praia de biquíni dizendo que a barriga era linda. E hoje todas as gestantes podem fazer isso. Esse preconceito invisível é mais difícil de acabar", diz Mirian.
Para Sérgio Carrara, é possível construirmos uma nova moral sexual. "Temos um processo de conflitos que envolve movimento LGBT, imprensa, sociedade civil, políticos. São forças que querem traçar uma nova moralidade sexual que não seja baseada na discriminação. Mas há também uma reação a isso, seja na forma de violência física ou simbólica. E as escolas são fundamentais nessa construção que deve ser  baseada em liberdade, igualdade e dignidade, na qual a orientação sexual das pessoas diz respeito apenas a elas. Ao considerar esses princípios, os preconceitos e estereótipos tendem a desaparecer."
 Fonte:  www.uol.com.br


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quinta-feira, 26 de abril de 2012

O que é Sexonambulismo?



O que é sexonambulismo?

É um distúrbio como o sonambulismo, mas um tanto mais grave: gente que transa enquanto dorme. E o problema é um desafio para a Justiça: saber quando o sexonâmbulo não passa de um estuprador
por Gabriela Loureiro

Trata-se de um tipo de desordem do sono que atinge 7% da população mundial e faz as pessoas transarem enquanto dormem. "Basicamente, todas as formas de comportamento sexual praticadas quando estamos acordados se apresentam no sexonambulismo", diz Carlos Schenck, especialista no assunto e professor da Universidade de Minnesota, Estados Unidos. O distúrbio, mais comum entre homens, não tem cura, mas é controlado com medicamentos.
O problema, claro, é quando o sexonâmbulo tenta fazer sexo com outros. Em julho, o britânico Stephen Lee Davies foi absolvido da acusação de ter estuprado, enquanto dormia, a filha de 16 anos da namorada. A alegação para a defesa é que, assim como o sonâmbulo comum, o sexonâmbulo não lembra o que aconteceu - e não se controla durante o sono. Isso criou um problema para a Justiça: comprovar que a pessoa é sexonâmbula não é difícil, bastam alguns testes. Mas nem sempre o suspeito que sofre do mal atacou alguém durante uma crise de sexonambulismo. É preciso investigar. O escocês John Goldie, que abusou de 2 meninas por 26 anos, foi condenado em junho após admitir que não é sexonâmbulo.


Sonambulismo radical

Quando dormir é um perigo - para os outros



Sogra é sogra
Em 1987, no Canadá, Kenneth Parks dirigiu 23 quilômetros, espancou o sogro e esfaqueou a sogra até a morte. Dormindo. Ele foi absolvido.

Querido pai
O britânico Jules Lowe espancou o pai, que morreu. Em 2005, ele foi inocentado, mas acabou internado em um hospital psiquiátrico.

Pelado e com sono
O irlandês Donal Kisella foi demitido em 2007 por aparecer nu diante da secretária enquanto dormia. Demitido por conduta lasciva, comprovou que é sonâmbulo e venceu o processo contra a empresa. Ganhou - 10 milhões.

Fonte:  www.super.abril.com.br


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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Mundo às Avessas - Parte 2

Britânica é acusada de "pagar" jovens de 13 e 14 anos com Sexo




Uma mulher de 42 anos está sendo julgada pela Justiça britânica por fazer sexo com dois adolescentes de 13 e 14 anos de idade numa forma de compensação por terem concordado em vandalizar o carro da nova namorada de seu ex.



Davina Travi, mãe de cinco filhos, prometeu sexo aos jovens se eles destruíssem o carro de Stacey Allright, pivô da sua separação do ex-namorado com quem se relacionou por três meses. Cumprido o objetivo, a mulher cumpriu sua promessa.

No processo apresentado na Justiça de Bournemouth, no sudoeste da Inglaterra, os procuradores acusaram Travi de manter uma relação condenável com os jovens, mesmo antes do incidente, em abril de 2010.

"Davina Travi tratou crianças como adultos. No fim de 2009, ela permitia que eles bebessem e fumassem na sua casa", disse o promotor Stephen Dent, em declarações reproduzidas pelo Daily Telegraph e no Daily Echo de Bournemouth.

"Essa atitude irresponsável culminou quando Travi decidiu usá-los para se vingar do ex-namorado, corrompendo-os para vandalizar o carro de Allright pela recompensa de fazer sexo com ela - recompensa que ela cumpriu."

O promotor afirmou que os adolescentes roubaram a placa do carro vandalizado e a entregaram para a mulher, como prova do ato. Travi teria então aproveitado uma hora em que seus próprios filhos estavam na escola para satisfazer os meninos. Evidências telefônicas mostraram que a mulher manteve contato posteriores com os meninos, hoje dois anos mais velhos.

O caso veio à tona depois que um deles se arrependeu e confessou a uma assistente social na escola. A mulher nega as três acusações de abuso sexual, alegando que possui uma condição médica que a impediria de ter relações sexuais com os garotos.


Fonte: www.terra.com.br


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O Mundo às Avessas - Parte 1



Homem refém de mulher que queria mais sexo, chama a polícia.






Um alemão de 43 anos chamou a polícia depois de 






sua parceira trancá-lo no quarto e exigir mais 





sexo.









O caso ocorreu em Munique, ganhou destaque nos 









jornais locais e chamou a atenção da imprensa  









internacional. De acordo com a polícia da cidade, o 









homem se refugiou no balcão do apartamento e 









pediu ajuda por telefone.








O casal teria se conhecido em um bar e concordado 





em fazer sexo casual na casa da mulher, de 47 anos.




Segundo a revista Stern, o homem contou à polícia 





ter feito sexo com a mulher várias vezes. 





Já satisfeito, porém, ele se viu impedido de deixar o 





quarto, trancado pela parceira, que queria mais 





sexo, segundo informou a agência de notícias DPA. 




A mulher poderá ser processada por coação e 





cárcere privado.

Fonte: www.terra.com.br

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Redes Sociais podem ser ruins para auto estima baixa

                                        

Por  Ana Carolina Prado 

 

Você compartilha suas fotos e suas opiniões com amigos e conhecidos no Facebook, consegue se aproximar mais de pessoas com quem não tem muito contato na vida real e fala só sobre os seus melhores atributos. Em compensação, recebe dezenas de likes e comentários de incentivo. Pensando assim, seria lógico dizer que esta troca ajuda pessoas com problemas de autoestima. Ok, talvez o fato de o Facebook não ter um botão de “não curtir” ajude. Mas isso realmente funciona para melhorar a autoavaliação de muita gente. Um estudo da Universidade de Cornell (EUA) feito com 63 estudantes no começo do ano passado descobriu que os que passaram três minutos checando seu perfil revelaram maior autoestima do que quem não acessou a rede social.

Mas nem tudo são flores. Agora, pesquisadores da Universidade de Waterloo (Canadá), publicaram um estudo sugerindo que esse efeito positivo não ocorre com as pessoas que têm autoimagem negativa. Na verdade, a rede social pode até piorar as coisas.
O problema é que, ao se sentirem mais confortáveis em compartilhar sentimentos e ideias online, essas pessoas podem errar um pouco a dose e inundar os amigos com comentários negativos e pessimistas sobre sua própria vida. Isso, no fim, acaba fazendo com que eles se tornem irritantes e os outros se afastem.

Para o estudo, os pesquisadores perguntaram a voluntários como eles se sentiam em relação ao Facebook. Pessoas com baixa autoestima tendiam a acreditar que ele fornecia a oportunidade de se conectar com outras pessoas e viam a rede social como um lugar seguro que reduzia o desconforto de algumas situações sociais. Depois, seus últimos 10 posts foram analisados e classificados em relação a quão positivos ou negativos eram. Em seguida, cada conjunto de posts foi analisado por um outro voluntário, que teve de classificar o quanto gostaram da pessoa que os escreveu.

Quem tinha baixa autoestima postou comentários mais negativos (como “tou super chateado porque roubaram meu celular :@”) e receberam avaliações mais negativas. Você pode pensar: “mas os avaliadores eram desconhecidos, por isso foram insensíveis!”. É verdade, mas isso não é muito diferente muito do que vamos encontrar no Facebook. Outro estudo conduzido anteriormente pela mesma equipe já havia revelado que quase metade dos nossos amigos na rede social são na verdade estranhos ou meros conhecidos.

Para os pesquisadores, sentir-se seguro ao fazer revelações pessoais no Facebook pode não ser bom para essas pessoas. Segundo eles, quando você está falando com um conhecido pessoalmente fica mais fácil perceber o que o aborrece. No Facebook, por outro lado, você não vê a maioria das reações – em especial as negativas, que a maioria das pessoas parece guardar para si. Portanto, tome cuidado ao ficar xingando muito nas redes sociais. Você pode estar sendo um mala sem perceber.

Via  MedicalXPress 
Imagem: Flickr de ercwttmn
Fonte: http://super.abril.com.br



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A Importância da Amizade

         Ter amigos por perto em momentos difíceis 

           traz benefícios imediatos para o cérebro

Por   Ana Carolina Prado


 A presença do melhor amigo na vida das pessoas é ainda mais importante do que se pensava – especialmente durante experiências negativas. Um estudo da Universidade de Concordia publicado na revista Developmental Psychology e conduzido com a colaboração de pesquisadores do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati descobriu que uma companhia amiga nessas situações tem um impacto imediato sobre corpo e mente das crianças. Um amigo fiel pode até minimizar os efeitos de um momento ruim.

Isso acontece porque os sentimentos de autoestima e os níveis de cortisol (um hormônio produzido naturalmente pela glândula adrenal em resposta direta ao stress) dependem muito do contexto social de uma experiência negativa. “Se uma criança está sozinha quando entra em apuros com um professor ou tem uma discussão com um colega de classe, vemos um aumento considerável nos níveis de cortisol e diminuição do sentimento de autoestima”, disse William M. Bukowski, coautor do estudo. Para descobrir isso, 55 meninos e 48 meninas da quinta e sexta séries de escolas locais de Montreal, no Canadá tiveram seus sentimentos e experiências monitorados ao longo de quatro dias. Eles também fizeram testes regulares de saliva para monitorar seus níveis de cortisol.

Já era fato conhecido que as amizades fazem bem para as crianças a longo prazo, mas este estudo prova que a presença de um amigo traz benefícios imediatos em experiências negativas. O resultado também dá mais uma pista sobre como formamos nossa identidade adulta a partir de experiências infantis. Nossas reações fisiológicas e psicológicas quando somos pequenos causam impactos em nossa vida mais tarde. O aumento de stress pode realmente retardar o desenvolvimento de uma criança, já que a secreção excessiva de cortisol pode levar a significativas alterações fisiológicas, incluindo a supressão imunológica e diminuição da formação óssea, por exemplo. Nossos sentimentos de autoestima nessa fase interferem muito em como vamos nos ver quando adultos. Sim: mesmo que percamos o contato com o tempo, devemos muito do que somos hoje aos nossos amigos de infância.

Imagem: Columbia Pictures / Divulgação
Fonte:   http://super.abril.com.br


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domingo, 8 de abril de 2012

Anne-Marie Ellement, 30 anos, foi encontrada enforcada em Bulford Camp, em Wiltshire, Inglaterra



Foto: Arquivo pessoal/BBC Brasil



A mãe de uma militar britânica que se suicidou em outubro  passado disse à BBC que sua filha se matou depois de ter sofrido  bullying  por acusar dois colegas de estupro.

 A filha de Alexandra  Barritt's, a soldado de Infantaria  Anne-Marie  Ellement, 30 anos, foi encontrada enforcada em  Bulford Camp, em Wiltshire, Inglaterra.


Alexandra afirma que ela foi estuprada por dois homens, mas procuradores militares não acataram a denúncia. O Ministério da Defesa afirma que vai investigar as acusações.


Um porta-voz disse que, "à luz das alegações que emergiram, a Polícia Real Militar está examinando se as ações tomadas estavam de acordo com os padrões e valores das Forças Armadas. Antes da morte, a  oficial Ellement recebeu apoio do Exército, o que continuou ocorrendo até sua morte. O Exército tem tolerância zero com  bullying e assédio moral junto a seu pessoal".


Alexandra, porém, disse que a filha foi abandonada. "O caso do estupro foi o que começou tudo e deveria ser reaberto. Ela me escreveu dizendo estar vivendo um inferno. Quero ver justiça para Anne-Marie porque não houve justiça antes. Ela me disse que estava deprimida, cansada do Exército e que queria sair", disse.

"Quase ninguém fala comigo"


O sonho de Anne-Marie era se tornar soldado e seguir a carreira de seus pai e avô no Exército, afirmou  a mãe da militar. A jovem ingressou na polícia militar, mas depois de ter feito as acusações de estupro, sua vida começou a se complicar.


Depois de uma investigação da Procuradoria Militar Independente, foi decidido que as acusações não seriam aceitas. Mas, de acordo com Alexandra, Anne-Marie sofreu bullying, algumas vezes em campanhas na internet, por colegas de  Bulford Camp.


Em um email a um amigo a soldado, Anne-Marie disse: "Quase ninguém fala comigo. É como se eu tivesse inventado tudo, tivesse feito algo errado, capaz de destruir minha carreira e fazer com que eu perdesse todos os meus amigos".


A militar foi encontrada enforcada no dia 9 de outubro do ano passado. Em março, um veredito dado na corte de  Salisbury confirmou o suicídio. Um porta-voz da Justiça afirmou "que o uso inapropriado de mídias sociais não foi considerado um fator determinante para o suicídio" durante a investigação da morte.


Mas Alexandra afirma que a morte da filha não deveria ser em vão. "Acho é necessário mais apoio a mulheres que acusam colegas soldados de abuso sexual. Ela era iluminada, vibrante, tinha um coração generoso, amava crianças e animais e tinha muitos planos para o futuro. Todos os membros da nossa família estão devastados porque Anne-Marie era uma filha, irmã e tia muito amada".


Fonte:  www.terra.com.br


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VIOLÊNCIA SEXUAL


Capital mundial do estupro: na África do Sul, uma mulher é violentada a cada 27 segundos



No país da última Copa do Mundo, uma menina tem mais chances de ser estuprada do que aprender a ler; Aids é epidemia nacional.



A cada 27 segundos uma mulher é abusada sexualmente na África do Sul. Uma em cada três sul-africanas será violentada pelo menos uma vez na vida. Um em cada três sul-africanos irá estuprar uma mulher. Estes dados são da Rape Crisis, uma organização sem fins lucrativos (ONG) que combate a violência contra a mulher, localizada na Cidade do Cabo.  A associação ainda aponta que, na maioria do casos, a violência sexual é realizada por um homem que participa do cotidiano da vítima.

Este é o caso da Eliane, 30 anos. “Conheci o meu primeiro namorado numa casa de dança, foi amor à primeira vista. Cerca de oito meses depois que nos casamos ele começou a usar drogas, beber e consequentemente a me tratar mal”. Ela conta que a violência aumentou gradativamente.  “Um dia ele  levou uma prostituta para casa. Eles deitaram na minha cama para ter relações sexuais e fui obrigada a participar de tudo.  Depois, ele me esfaqueou e me disse que tinha de fazer isso porque era inferior. E assim continuou por muitas noites. Hoje estamos separados".

A África do Sul é a capital do estupro no mundo. Uma menina nascida no país tem mais chances de ser estuprada do que aprender a ler. Um quarto delas é abusada sexualmente antes de completar 16 anos. Este problema tem muitas raízes, segundo a Rape Crisis: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade, e mais do que tudo, a impunidade:  os poucos casos que são denunciados às autoridades se perdem no descaso da polícia e acabam impunes. Nos últimos 10 anos, de 25 homens acusados de estupro no país, 24 saem livres de punição, segundo os levantamentos da entidade.

De acordo com Marieta de Vos, diretora-executiva da Mosaic Training, Service and Healing Centre for Woman, uma organização que fornece suporte às vítimas de violência doméstica e estupro, a África do Sul registra 50 mil estupros por ano e as ONG’s existentes na Cidade do Cabo protegem atualmente cerca de 25 mil pessoas, desde bebês, passando por adolescentes até idosas.

O trabalho de organizações não-governamentais é fundamental para se ter uma noção do tamanho da crise de estupros na África do Sul. Procurado pela reportagem, o órgão do governo responsável pelo tema alegou não ter dados atualizados sobre violência sexual. Segundo as estatísticas da polícia de 2007, os incidentes de estupro notificados decresceram 4,2 pontos percentuais nos seis anos anteriores. No entanto, em um ano foram registrados 52.617 estupros. Também foram registrados 9.327 casos de "atentado ao pudor" - incluindo violação anal e outros tipos de ataque sexual que não se enquadravam na definição de estupro. Em dezembro, novas estatísticas criminais referentes ao período de abril a setembro de 2007 incluíam o registro de 22.887 estupros.

Barreira cultural

Ida Jacobs, 37 anos é colaboradora da associação Labour Rights Programme Officer - Women on Farms Project, uma ONG que protege mulheres que sofrem qualquer tipo de abuso nas fazendas da África do Sul. Ela também foi vitima de violência doméstica e estupro, que muitas vezes estão relacionados.  Ela conta que várias mulheres não denunciam os agressores porque geralmente existe uma dependência emocional e financeira e também por conta da  falta de aceitação da família em relação ao divórcio.
NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
. Mais de 10 lésbicas foram estupradas, por semana, na cidade do Cabo
. 150 muheres são estupradas todos os dias na África do Sul
. De 25 homens acusados de estupro na África do Sul, 24 não são punidos
                                                                                                                               Fonte: Rapi Crisis

“Conheci meu marido aos 17 anos e durante o namoro ele era perfeito, mas depois do casamento começou a falar alto, mas minha mãe me dizia que isso era normal, pois ele era homem e eu precisava obedecer. Até que ele começou a me bater e me obrigar a ter relações sexuais com ele. Depois de tudo ele me pedia desculpas e dizia que iria mudar, mas as cenas se repetiam. Meu corpo é todo marcado”. Ida conta ainda que após 13 casados ela pediu o divórcio, porém, não foi fácil, pois não tinha emprego, casa e muito menos apoio da família. Para superar tudo isso, ela contou com a ajuda da entidade Women on Farms.

“Há sete anos estou divorciada e sem contato com minha família, mas consegui refazer a minha vida. Hoje tenho casa, carro, trabalho e, por meio dele, oriento outras mulheres a saírem dessa condição miserável”. Mas, afirma que o abuso está cada vez pior no país, pois, infelizmente, o machismo ainda supera as leis. “A situação das mulheres que trabalham nas fazendas na África do Sul é muito parecida com a maneira com que viviam os escravos antigamente. Essas mulheres sofrem diariamente abusos físicos, psicológicos e sexuais e quando reclamam para o dono da fazenda ele diz que a fazenda não tem nada a ver com isso”,  explica.

Segundo outra entidade sem fins lucrativos chamada Reach,  as mulheres brancas que são vítimas de estupro também têm mais dificuldade em efetuar a denúncia. “Elas acreditam que isso só acontece com as negras e se sentem envergonhadas. No caso de violência doméstica o pensamento é o mesmo”, disse a presidente da entidade, Claudia Lopes.

Ela ainda comenta que, recentemente na África do Sul,  uma mulher tentou se separar do marido,  após ter sofrido violência doméstica e sexual, porém, ele não aceitou e a chamou para conversar. “Neste dia, ele levou mais alguns colegas para violentar sexualmente a mulher na frente dele e depois chamou o filho para ver também. O marido ainda introduziu uma chave de fenda na vagina da esposa, após tudo isso ele matou a esposa e o filho”, conta Claudia.

Já Sharon Kouta, diretora do UNODC VEP (United Nations Office on Drugs and Crime Victim Empowerment Programme, na sigla em inglês) - um programa do governo em parceria com a ONU para o fortalecimento dos Direitos Humanos, na província oeste da Cidade do Cabo, afirma que a razão do estupro é cultural. “As pessoas costumam dizer que a razão do estupro é droga ou álcool, mas na realidade não importa a condicão social, econômica, cor da pele, o problema é a cultura, o estupro é uma mecanismo usado para controlar e manipular”, revela.

Presidente acusado

O atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi acusado em 2005 (na época ele era vice-presidente de Thabo Mbeki) pela corte suprema, em Johanesburgo, de estuprar uma mulher de 31 anos, amiga da família. Zuma alegou, durante o julgamento em 2006, que praticou sexo com a mulher, mas de forma consensual. Além disso, ele sabia que a vítima era portadora do vírus HIV e não usou nenhum tipo de proteção. Zuma declarou também que tomou banho depois da relação sexual para evitar a contaminação. O caso chocou também ativistas da AIDS, que desenvolvem um árduo trabalho educativo e de prevencão no país, e ainda mais porque sua esposa é médica e era Ministra da Saúde. Entretanto, Zuma foi absolvido do caso.

A representante do setor Acting Head, do Departamento de Desenvolvimento Social da província oeste da Cidade do Cabo, Sharon Follentine, descreve como a violência contra a mulher é difícil de ser combatida quando a vítima passa também a acreditar que o estupro é natural e, por isso, não busca auxílio ou demora muito tempo, quando já há traumas profundos.

 “A vítima, após danos psicológicos e emocionais, passa a acreditar que tudo isso acontece porque é destino ou porque ela fez algo errado. Ela começa a internalizar que seus pais estavam sempre discutindo, ele sempre tinha argumentos para bater na sua mãe ou estuprá-la e a vítima começa a transmitir esse pensamento para os filhos. Se por acaso os filhos vivenciarem a mesma situação da mãe ou avó começarão a achar tudo natural e o ciclo se repetirá”, comenta Follentine, que aposta nos programas educacionais e informativos em comunidades com maior índice de violência doméstica e estupro para combater as práticas.

A ONG Philisa Abafazi Bethu, que atua com a prevenção dos abusos sexuais por meio de orientação nas escolas, igrejas das periferias e favelas, concorda que a mulher precisa de mais informação e saber que existem outros meios de recomeçar a vida. “Nosso foco é mostrar para as mulheres e crianças vítimas de abuso sexual e violência doméstica que isso é errado.  Elas, na maioria das vezes, nem sabem que isso não é correto, apenas tem noção que é ruim. Depois que reconhecem que o estupro é crime, a dificuldade das mães é sair de casa com filhos, aprender inglês porque muitas vezes falam outros dialetos, buscar uma casa,  ofício e isso demora, mas é possível”, acrescenta Mabel Martn, representante da entidade.

Meta

Segundo dados mais otimistas da entidade All Africa House, ligada à Universidade de Cidade do Cabo, a África do Sul espera acabar com a violência contra a mulher em 2015 por meio de programas sociais que o país desenvolve no momento. Entretanto, a representante da entidade Reach acredita que a situação ainda deve piorar.  “Os incidentes vão ficar mais graves. Temos um grande número de drogas e álcool relacionados com estupro”, explica Claudia.

SITUAÇÃO DA MULHER NA ÁFRICA DO SUL
. Uma mulher é estuprada a cada 86 segundos
. Uma em cada três sul-africanas será violada em sua vida
. Um em cada três homens sul-africanos vão estuprar uma mulher em sua vida
. Quatro mulheres são assassinadas todos os dias na África do Sul, vítimas de     violência
                                                                                                                              Quem concorda com Claudia é a professora da Universidade da Cidade do Cabo, Lilian Artz. “Hoje é muito complicado transformar esta meta em realidade, principalmente, quando nos deparamos com a falta dos equipamentos ou procedimentos mais simples nos hospitais públicos da África do Sul. Atualmente, a vítima de estupro espera mais de horas para fazer o exame pericial e comprovar a violência. Após isso, muitas vezes ela sai do hospital sem o kit com a medicação para prevencão do HIV”, detalha.

Ela ainda conta que quatro mulheres são assasssinadas todos os dias na África do Sul vítimas de algum tipo de violência. “O governo possui metas, porém, não propõe soluções suficientes para amenizar o problema que cresce na mesma medida que aumenta o número de mulheres que contraem HIV/AIDS nestes casos”, acrescenta.

As sul-africanas vítimas de violência doméstica e estupro contam com órgãos públicos de proteção, Comissão de Direitos Humanos,  outra comissão que promove a igualdade entre sexos e até mesmo várias organizações sem fins lucrativos existentes no país. É comum encontrar anúncios, folhetos  e campanhas em lugares públicos ou em comerciais na televisão, rádio que reforçam o compromisso das entidades em oferecer o suporte necessário.

A lei que combate a violência doméstica e estupro existe na África do Sul desde 1998, mas a dificuldade das vítimas consiste na junção de provas e dados necessários para incriminar o agressor. De acordo com o Departamento de Polícia sul-africano, a mulher precisa, no caso de estupro, realizar o exame de DNA entre quatro e seis horas após o incidente, manter as roupas e não tomar banho, preservar a cena do crime com o maior número de detalhes possíveis, passar por um exame médico pericial, fazer uma denúncia na polícia para fornecer o máximo de informações. Existe um banco de dados de DNA, mas a polícia só consegue provas quando há quantidade suficiente de material genético (sangue, esperma e saliva, por exemplo) para análise após o estupro.

“Pela lei o estupro é considerado um ato grave e quem comete pode ficar preso até 20 anos, mas na prática isso raramente acontece e tudo aqui vira papel arquivado na gaveta”, lamenta Claudia Lopes.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br


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