quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

                                  Baixa autoestima




As pessoas que têm baixa autoestima sempre são duras consigo mesmas.

Às vezes, elas podem não aceitar elogios porque tentam adivinhar as intenções das pessoas que as elogiam.


Alguns sintomas comuns de baixa autoestima são:

  • Incapacidade de confiar em sua própria opinião
  • Sempre pensar demais
  • Medo de enfrentar desafios, preocupação, falta de crença em sua capacidade
  • Dureza consigo mesmo, mas indulgência com os outros
  • Ansiedade frequente e agitação emocional

Alguns sintomas menos conhecidos:

Ser viciado em trabalho
No trabalho, as expectativas são definidas claramente. Mesmo que haja pressão no local de trabalho, ainda é menor do que em relacionamentos e no mundo social. É mais fácil satisfazer as expectativas e se sair bem no trabalho. Portanto, algumas pessoas com baixa autoestima mudam seu foco para o trabalho e investem todas as suas energias nele.
Muitas ou poucas conquistas
Muitos já ouvimos que as pessoas com baixa autoestima tendem a conquistar menos, pois têm muito medo de assumir novos desafios e não são confiantes o suficiente para utilizarem plenamente os seus talentos. No entanto, há outro extremo. Algumas dessas pessoas são muito ansiosas em relação a fracasso e rejeição, então tentam o seu melhor ser excelentes e provarem o seu valor.

Quais são as causas da baixa autoestima?

Na maioria das vezes, elas decorrem da infância.
Experiências negativas precoces que levam a baixa autoestima:
  • Castigos frequentes
  • Negligência frequente
  • Abuso crônico
  • Normas parentais severas
  • Ser intimidado / boicotado
  • Estar na extremidade receptora do stress ou do desespero de alguma outra pessoa
  • Falta de elogios, calor e carinho
  • Permanecer em uma família ou grupo onde outros membros são preconceituosos
Na infância, formamos nossa base e regras de vida, que afetam a maneira como pensamos. É por isso que todas as experiências negativas precoces podem ter um efeito muito duradouro na nossa vida adulta.

O que é base, e como ela afeta a sua autoestima

Base é como você geralmente se sente sobre algo, com base em sua experiência inicial. Por exemplo, “a forma como você se sentiu quando saiu de casa pela primeira vez se torna a base emocional para quando você deixar outras coisas em sua vida.”, de acordo com o terapeuta Robert Taibbi.
Quando falamos de autoestima, a base é sobre como as pessoas ao seu redor o tratam, à medida que crescemos ouvindo as pessoas que são importantes para nós. Essas pessoas disseram que você era adorável, ou que não era bom o suficiente? Será que elas te negligenciaram e fizeram você se sentir inútil?
Isso afeta em grande parte a maneira como você se vê e, portanto, afeta sua autoestima.
Como a base determina suas regras de vida
De acordo com nossa base, formamos nossas regras de vida, que são as estratégias utilizadas para lidar com a vida. Por exemplo, se você tem a crença de que é sempre inferior aos outros, sua regra da vida provavelmente é “melhor não falar e manter um perfil sossegado”.

Como a baixa autoestima afeta todos os aspectos de sua vida

Faz você confundir amor com baixa autoestima
Tendo uma baixa autoestima, você espera que as pessoas te tratem mal. Quando as pessoas são muito agradáveis ​​com você, você se sente muito feliz e tem sentimentos irrealistas em relação a elas. Isso pode ser facilmente confundido com amor, e também pode assustar as pessoas que poderiam estar apenas interessadas ​​em serem suas amigas (no início).
Faz você se diminuir em relacionamentos
Como você acha que seu parceiro é muito bom para você, carrega pesos que não deveria. Às vezes, você confunde amor com autoestima. Você está se dedicando porque ama seu parceiro ou porque não ousa falar e negociar?
Faz com que seus empregadores sintam que você não tem talento
Pessoas com baixa estima também são talentosas. Mas elas não sabem como mostrar e “vender” a si mesmas. Durante uma reunião, se mantêm em silêncio. Durante uma apresentação, falam pouco. Durante as conversas diárias, elas dizem “desculpe” e “talvez” muitas vezes … Como resultado, os empregadores e outros colegas percebem as pessoas com baixa estima como pessoas sem muitos talentos.
Pode levar à depressão

Ao longo do tempo, a baixa autoestima pode levar à depressão, de acordo com um estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade de Basel. O psicólogo Lars Madsen acrescentou que a baixa autoestima é “um fator chave tanto no desenvolvimento quanto na manutenção da depressão”
Então, como melhorar a autoestima?
Como podemos ver, baixa autoestima é uma questão profundamente enraizada e leva a muitas consequências. Resolver isso não é uma tarefa fácil, mas é possível. A chave é usar maneiras direitas.
Ignore todos os conselhos de “positividade”
Muitas vezes ouvimos as pessoas dizerem “Fique positivo”. Pessoas com depressão sabem que isso não ajuda. Apenas piora.
Simplesmente dizer às pessoas “Para mim você é maravilhoso!”, “Você é realmente incrível”, “Por que você não se valoriza mais?”, ou pior ainda “Ei, você deve ser mais confiante”, não melhora a sua autoestima. Em vez disso, elas se sentem inadequadas ou mesmo culpadas de seu comportamento.

Para melhorar a autoestima, você precisa se concentrar em outro lugar

“A autoestima saudável precisa surgir sutilmente.”
É o mesmo que acontece com a felicidade, você não se sente imediatamente mais feliz quando diz a si mesmo para ser mais feliz. Você precisa saber algumas maneiras concretas de fazê-lo, como perseguir uma meta que realmente importa para você ou passar tempo de qualidade com seus entes queridos.
Se quiser melhorar sua autoestima, não tente demais pensar em maneiras de fazê-lo. Não existe uma maneira direta de melhorá-la. Ela deve ser um subproduto da satisfação geral da nossa vida.
De acordo com o psicólogo Abraham Maslow, para viver uma vida plena, você deve cuidar dos 5 níveis de necessidades básicas humanas:

5 níveis de necessidades básicas humanas


Resumimos os itens dos níveis de necessidade e os colocamos nessa lista, para que você se concentre em:
  • Conexão profunda com entes queridos
  • Um corpo saudável
  • Senso de controle
  • Um propósito de vida significativo
  • Reconhecimento e respeito dos outros
  • Sensação de segurança
  • Criatividade
À medida que você gradualmente se equipa com as habilidades para satisfazer as necessidades acima, vai se esquecer da autoestima e, de repente, descobrirá que se sente orgulhoso de si mesmo, até quando sabe que os outros não se sentem.
Fonte: Life Hack

           Bullying virtual: O crime virtual do século



Era uma vez o bullying, um problema que surgiu na época da escola. Não é mais o caso. Agora é a vez do "bullying virtual", um problema crescente em muitas escolas. Em sua pior forma, o bullying virtual pode até virar crime virtual.

O que é bullying virtual?



O bullying virtual, ou cyberbullying, acontece quando uma criança ou adolescente usa um dispositivo tecnológico para ameaçar, humilhar ou fazer algo que, de alguma forma, assedie um colega. Pode ocorrer por laptop, smartphone ou tablet e aparecer em plataformas como mensagens de texto, e-mails, mídia social, fóruns on-line e salas de bate-papo. Com uma conexão com a Internet e um dispositivo habilitado, as agressões virtuais podem atingir vítimas a qualquer hora e praticamente em qualquer lugar. Como o ato não exige interações pessoais, como o bullying físico, fica difícil identificar os agressores a tempo.

Exemplos de bullying virtual  


O bullying virtual assume formas muito cruéis. Um agressor pode enviar mensagens por texto ou e-mail com a intenção de humilhar ou ameaçar a vítima. Em casos mais mal-intencionados, ele pode invadir contas de e-mails ou redes sociais, seja para roubar a identidade da vítima ou publicar posts difamatórios, em seu nome, só para constrangê-la. Alguns agressores chegam ainda mais longe e criam um site só para humilhar a vítima escolhida.
As tendências no bullying virtual variam entre os sexos. Por exemplo, homens costumam ameaçar outros fisicamente, mas eles costumam atacar as mulheres com assédio sexual por mensagem de texto. Por outro lado, as mulheres tendem a expor segredos ou espalhar mentiras e boatos sobre outras mulheres, até para se vingarem de algo. Algumas agem como "garotas maldosas", fazendo comentários arrasadores nos sites de redes sociais, depois excluindo as colegas do mundo on-line.

A repercussão do cyberbullying


Para as vítimas, os efeitos do bullying, seja ele como for, variam desde um coração partido até raiva e comportamento suicida. É comum que quem sofre dessas barbaridades desenvolva baixa autoestima, ansiedade e outros problemas capazes de comprometer a saúde mental e emocional do outro. O cyberbullying pode ter um impacto maior ainda sobre suas vítimas em razão dos canais em que o assédio pode acontecer. Por exemplo, informações sigilosas compartilhadas por e-mail podem ser enviadas a diversos colegas de classe, enquanto fotos constrangedoras podem chegar até milhares de pessoas pelas redes sociais.

Do bullying virtual ao crime virtual


Embora estejam sendo criadas regulamentações legais no mundo acelerado das redes sociais on-line, o cyberbullying pode se transformar em crime virtual. Em 2011, duas garotas, de 11 e 12 anos, foram indiciadas por perseguição virtual e violação de computador em primeira instância pelos crimes que supostamente cometeram contra outra garota de 12 anos, identificada como ex-amiga. A dupla foi acusada de postar fotos sexualmente explícitas e mensagens no perfil do Facebook da vítima depois de conseguirem descobrir a senha. Pelos crimes declarados, as rés ficaram 30 dias presas no centro de detenção para menores de idade. Esse caso é só um exemplo de como o cyberbullying pode se transformar em crime virtual que viola as leis existentes. Ao mesmo tempo, ele enfatiza a importância cada vez maior da segurança na Internet para as crianças.

Como falar mais alto do que os agressores virtuais


A melhor defesa contra o bullying virtual é a prevenção. Os pais podem assumir um papel ativo no processo monitorando as atividades digitais dos seus filhos. Além de saber com quem eles se comunicam por telefone ou mensagens, você pode usar um software de segurança de Internet para bloquear o acesso a conteúdos on-line impróprios. O mais importante é conversar com seus filhos sobre o bullying virtual. Deixe-os à vontade para recorrer a você, a um professor, psicólogo ou alguém em quem eles confiem. Quanto antes eles falarem, mais cedo um ponto final será colocado nesse ato de maldade.

domingo, 15 de dezembro de 2019


Relacionamento tóxico ou abusivo?



Que o relacionamento não anda bem, isso é evidente. Mas quão ruim é a situação? Quem observa de longe não consegue saber e quem está dentro costuma ter ainda menos condições de identificar se está vivendo uma relação tóxica ou, mais crítica ainda, abusiva. Uma questão é certa: nos dois casos, não é fácil se libertar, apesar de ser extremamente necessário, pois ambos trazem prejuízos para o lado mais vulnerável.

Relacionamento tóxico é aquele que faz a vítima - seja homem ou mulher - se sentir mal, presa ao passado e à relação, sem chances de crescimento pessoal. Costuma se limitar ao campo psicológico e acontecer em qualquer tipo de vínculo: amoroso, familiar, em amizades e até no ambiente profissional. 

"Um relacionamento abusivo é aquele em que o abuso emocional é adotado para conquistar poder e controle sobre o outro", pontua o psicólogo Yuri Busin, doutor em neurociência do comportamento e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio (Casme). 

Pode ocorrer de diferentes formas: insulto, crítica, ameaça, desprezo, intimidação, xingamento, ridicularização, mentira e outras atitudes negativas. Diferente da conexão tóxica, a abusiva domina o campo psicológico e pode evoluir para o ataque físico. "A principal diferença é que a pessoa tóxica, geralmente, não percebe sua conduta. É alguém de mal com a vida, mas que praticamente não tem intenção de ferir ou machucar o outro. Já o abusador sabe muito bem o que está fazendo, calcula seus passos, premedita, não sente piedade ou compaixão pela vítima", avalia Nívea Loza, psicóloga e neuropsicóloga.

Quem é o agressor


O dono do perfil tóxico está habituado a reclamar de tudo e de todos. Julga e critica com a mesma frequência, suga a energia alheia, mas nem sempre se dá conta do que faz. "A grande maioria age sem perceber e, quando é alertada, choca-se, pois não imagina o desconforto que causa no outro. Muitas vezes, se sente culpado, mas vive uma vida de pessimismo e infelicidade", diz Nívea. Como lembra Yuri, qualquer pessoa pode apresentar um ou mais comportamentos tóxicos, o que não torna, obrigatoriamente, a relação tóxica. "Isso só vai acontecer se houver consistência, intensidade e dano", argumenta o especialista.

Já o agressor abusivo, em geral, conquista a presa por ser muito sedutor, gentil e amável no começo. Depois de um tempo, com a vítima vulnerável e dependente, começa a tornar a vida dela um verdadeiro filme de terror. É extremamente controlador, frio, intolerante e imprevisível. Do nada, muda de comportamento. Faz com que surja os sentimentos de culpa e merecimento por todo o sofrimento. Além disso, o abusador consegue afastar o outro da própria família e dos amigos, dificultando o pedido de ajuda.

Como identificar uma relação tóxica 

Numa relação tóxica, há muito ciúme, falta de liberdade e cobranças excessivas. Yuri observa que a pessoa mais frágil se torna dependente do par em tudo e acaba se acostumando à situação. Neste contexto também ocorre: A vítima não manifesta suas necessidades, inclusive sentimentais, pois é sempre ridicularizada ou ignorada, o que ocorre depois de brigas e promessas vazias. Não fazem atividades em conjunto, pois um não se esforça para estar ao lado do outro, principalmente em momentos importantes. Ameaças de término e afastamento são constantes, na tentativa de convencer a pessoa mais vulnerável a aceitar opiniões e práticas. O "não" da vítima, sobretudo em relação ao que não quer fazer, nunca é respeitado. Erros passados são lembrados a todo instante, como forma de controlar, manipular e fazer o outro se sentir culpado. A autoestima da vítima fica lá embaixo, já que é criticada o tempo todo. Sua energia se deteriora.

Sinais de um relacionamento abusivo 

Abusador quer manter uma vantagem sobre o outro, na relação. O manipulador cria uma realidade para a pessoa mais vulnerável, negando ou distorcendo fatos a fim de sustentar suas opiniões. O outro, por sua vez, se torna mais inseguro e ainda mais frágil e passa a concordar com tudo. O agressor faz ofensas travestidas em piadas ou justifica seus comentários como brincadeiras. Não reconhece os pontos fortes e minimiza as conquistas da vítima. Controla os passos da pessoa de forma velada, sempre querendo saber onde está, como se fosse uma preocupação real. O abusado "pisa em ovos" para não decepcionar o agressor. Chega a pedir desculpas, mesmo não tendo feito nada errado. Quem causa sofrimento pede perdão e diz que vai mudar, levando a vítima a acreditar que tudo será diferente. Já aquele que sofre passa a acreditar que é inútil ou que não há melhor opção de companhia em sua vida.

Da autoestima abalada ao risco de morte 


Tanto o relacionamento tóxico como o abusivo vão afetar negativamente o dia a dia da vítima. Nívea acredita que a segunda situação seja mais cruel e prejudicial, já que existe um grau de perversidade bem maior, chegando à violência física e abrindo brecha para risco de morte. 

Algumas consequências identificadas são:  

Tóxico: baixa autoestima, falta de energia, medo constante da vida e contaminação de energia negativa - ou seja, a vítima também pode se tornar uma pessoa tóxica, afetando outras pessoas. 

Abusivo: medo, pânico, baixa autoestima, solidão, culpa, sofrimento, afastamento, prejuízos cognitivos, depressão e até a morte.

Como se livrar da situação



No relacionamento tóxico, a saída é um pouco mais tranquila, na opinião da neuropsicóloga. Segundo ela, muitas pessoas identificam o problema por conta própria, percebem a mudança de comportamento e a causa e optam por se afastarem. "Isso ocorre porque quem é tóxico não é agressivo como o abusador. A relação é mais amena, menos doentia", pondera. No outro caso, por causa do isolamento que a pessoa mais forte impõe, a vítima se vê sozinha, com muito medo, sem forças e em sofrimento profundo. "A recomendação para um relacionamento abusivo é, no menor sinal de violência ou comportamento extremo, avaliar bem onde está entrando e tentar sair, pois o abusador nunca recua e a violência só aumenta", alerta Nívea. Pedir ajuda para pessoas próximas e confiáveis pode ser importante nesse momento.

Fonte: Universa.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

                                        DEPRESSÃO


Considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes. Conheça seus detalhes:

depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Michael Phelps, por exemplo, revelou sofrer demais com o problema após as Olimpíadas de 2012, quando ganhou seis de suas 28 medalhas olímpicas. Hoje, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.
Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.
A depressão, um tema antigo, mas também atual e que ganhou um destaque muito grande nas últimas décadas na saúde global.
Tema considerado no passado como um estado de melancolia intratável, mas que hoje conhecida como uma patologia que recebe abordagens científicas e pode ser tratada como qualquer outro tipo de doença.
É considerada uma doença mental, catalogada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) e no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM).
A palavra depressão, origina-se do latim deprimere, que significa “pressionar para baixo”. Pode ser traduzida como um estado de abatimento e tristeza transitório ou permanente.
Considera-se a depressão como um conjunto de sintomas que podem gerar sérias implicações nas relações pessoais, no trabalho, no tratamento de várias doenças, na ingestão de drogas e álcool e em alguns casos no risco de suicídio.
Apesar de acometer pessoas de todas as idades, é uma doença que chama a atenção pelo aumento de ocorrência entre os indivíduos jovens de idade em plena atividade profissional, que muitas vezes se afastam ou são demitidos por não apresentar a produtividade das atividades laborais de antes.
O sofrimento, o desânimo, a introversão, a preocupação, a dependência, a sensibilidade excessiva e a incapacidade social e profissional são algumas das características de personalidades depressivas.
 Depressão, sob o olhar da Organização Mundial da Saúde
Segundo a OMS a depressão: 

  • Tem como definição,  transtorno mental, caracterizado por tristeza profunda, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite.
  • É uma patologia conhecida como “o grande mal do século”, pode ser classificada como  um grande problema de saúde pública.
  • Está entre as quatro doenças mais onerosas, devido as consequências que ela causa aos indivíduos, podendo ganhar o segundo lugar até 2020.
  • Tem como estimativa afetar 350 milhões de pessoa globalmente.
  • Pode atingir pessoas de todas as idades e em qualquer etapa da vida.
  • Não escolhe etnia nem tampouco gêneros, porém sua incidência é mais comum entre as mulheres de qualquer idade, do que entre os homens. Para cada homem com depressão, duas mulheres sofrem com a doença. 

Causas da depressão:

A causa precisa da depressão ainda é desconhecida, mas diversos são os fatores que podem promovê-la, como os biológicosgenéticos e psicossociais e que podem interagir entre si.
Entendendo um pouco cada um deles:

  • Fatores biológicos
Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina). 
Mudanças de hormônios  (menopausa, puberdade, ciclo menstrual, gravidez, pós parto e perimenopausa). 
Atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) –  responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina.
Algumas doenças, como: câncer, dores de cabeça, doenças do coração, diabetes, HIV/aids, Parkinson e Alzheimer, transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome de estresse pós-traumático, adicção (vícios), problemas digestivos e intestinais entre outras.
  • Fatores Genéticos
Histórico familiar de depressão, pode levar à pessoa a ter pré-disposição genética em desenvolvê-la.
  • Fatores Psicossociais
Perdas (ente querido, pessoa amada, bens e emprego).
Problemas de relacionamento (ambiente de trabalho ou pessoal).
Problemas financeiros.
Mudanças de habitação.
Bulling ou chantagem emocional.
Culpa.
Medo.
Privações.
Dificuldades diversas na vida.

Sintomas da Depressão e diagnóstico

Nem sempre é fácil reconhecer um quadro depressivo, pois não é uma doença que aparece em exames laboratoriais ou de imagens.
A depressão é uma doença grave, como muitos sintomas, por vezes pode ser confundida com outras, portanto, é de fundamental importância entender a duração, a intensidade e os sintomas  para se chegar no reconhecimento de que se trata de uma patologia mental. O diagnóstico requer uma análise complexa.
A tristeza de uma pessoa depressiva se diferencia na sua duração e intensidade. Mais que as possíveis variações de humor nos desafios do dia a dia, a tristeza que é verificada na depressão é intensa, dura por muito mais de duas semanas, provocando dificuldades em realizar atividades comuns, ausência de prazer e alegria em situações que anteriormente causavam estas sensações.
Alguns sintomas:
Cognitivos
  • sentimentos de tristeza e pesar
  • mudanças do humor
  •  pessimismo
  • baixa autoestima
  • ideias frequentes e desproporcionais de culpa
  • dificuldades de concentração com raciocínio mais lento e esquecimento
  • falta de vivenciar novas expectativas
  • perda de prazer por atividades antes agradáveis
  • vazio intenso
  • irritabilidade
Fisiológicos
  • perda de energia e cansaço
  • insônia ou excesso de sono
  • perda ou aumento do apetite e de peso
  • redução do interesse ou prazer sexual
  • agitação motora, inquietude
  • Comportamentais
    • choro fácil
    • pensamentos recorrentes de morte ou de suicídio
    • isolamento social
    • comportamento autodestrutivo (automutilação)
    • retardo psicomotor e lenhificação generalizada

    Proposta de prevenção e tratamento à depressão

    Apesar de não existir fórmula mágica na prevenção e tratamento da depressão, existem hábitos e meios que podem diminuir as possibilidades de  desenvolver a doença, as recaídas e ou a diminuição dos sintomas.
    • Cuidar do corpo (exercícios regulares)
    • Dormir bem (sono reparador e na quantidade certa)
    • Definir dieta saudável (evite alimentos processados, com alto nível de açúcar, álcool além da dose recomendada por especialistas-140 ml de vinho tinto e drogas)
    • Acompanhar o estado de saúde de maneira geral
    • Auto conhecimento (conhecer limites, situações de vulnerabilidade, forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)
    • Cuidar da mente (afastar de pensamentos negativos e de culpas)
    • Equilibrar as rotinas diárias (não se ocupe de muitos afazeres)
    • Procurar mais contato com a natureza e tomar sol
    • Reconhecer os acertos e construir a autoconfiança
  • Trabalhar a autoestima
  • Aprender a trabalhar com as perdas (elas fazem parte de nosso dia a dia e devem ser superadas, apesar do sentimento negativo de revolta e não aceitação)
  • Estar com pessoas que proporcionam bem estar
  • Definir e planejar metas
  • Fazer uso de medicamentos
  • Fazer Psicoterapia
  • Psicoterapia comportamental no tratamento da depressão

    O modelo da psicoterapia comportamental tem como objetivo analisar e avaliar os estímulos que antecedem e sucedem (antecedentes e subsequentes) ao comportamento do paciente
    Esta análise e avaliação ajuda o psicoterapeuta a entender quais situações que antes causava prazer ao paciente e no momento do padecimento, ele não consegue ter acessibilidade a estes reforços, como também traçar uma estratégia e propor um  treinamento de habilidades na modificação de comportamento.
    O objetivo desta metodologia para a pessoa com depressão é promover o restabelecimento de antigas fontes de reforços positivo disponíveis ao redor dela, como também a inserção de novas possibilidades em potencial, auxiliando o paciente a se comportar de maneira mais funcional.
O objetivo desta metodologia para a pessoa com depressão é promover o restabelecimento de antigas fontes de reforços positivo disponíveis ao redor dela, como também a inserção de novas possibilidades em potencial, auxiliando o paciente a se comportar de maneira mais funcional.
A psicoterapia comportamental vêm apresentando resultados eficientes na modificação do comportamento de pessoas com depressão. Resultados como redução dos sintomas, aumento no repertório social, alteração na quantidade e qualidade das atividades, como ainda nas interações sociais.
Além da psicoterapia comportamental como uma modalidade eficaz no tratamento da depressão, não se pode excluir a necessidade de um tratamento combinado com antedepressivos, quando necessário. O tratamento medicamentoso não é oposto a aplicabilidade da psicoterapia, podem ser complementares.

Fonte: Google