quinta-feira, 16 de maio de 2013

Agora é lei: Casamento oficial homoafetivo.


Cartórios são obrigados a celebrar casamento gay a partir de hoje

Cartórios de todo o país passarão a ser obrigados, a partir desta quinta-feira (16), a celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eles também não poderão se recusar a converter união estável homoafetiva em casamento.
 medida foi aprovada nesta terça-feira (14) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ainda cabe, porém, contestação no STF (Supremo Tribunal Federal).




A união entre pessoas do mesmo sexo havia sido aprovada pela Suprema Corte há dois anos, mas ainda havia cartórios que se recusavam a fazer a conversão para casamento.
Se isso acontecer, a resolução prevê que o caso seja levado imediatamente para análise do juiz corregedor do respectivo Tribunal de Justiça.
Ao defender a resolução na sessão do CNJ, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, autor da proposta, afirmou que o conselho estava "removendo obstáculos administrativos de uma decisão do Supremo que é vinculante [válida para as demais esferas do Judiciário]".

O que muda

Na prática, a decisão do CNJ trará mais garantias ao casal de mesmo sexo, segundo o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família).

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  • O CNJ aprovou uma resolução que determina que cartórios civis sejam obrigados a converter união estável homoafetiva em casamento civil. Tire algumas dúvidas comuns sobre o tema
"Diferentemente da união estável, o casamento altera o estado civil, o que é importante", diz Pereira, ao determinar a situação jurídica patrimonial. "A união estável pode gerar grande insegurança para terceiros. Por exemplo, na compra de um imóvel de uma pessoa que tem união estável, será que é preciso a assinatura do parceiro? No caso do casamento, não há essa dúvida."
Outra vantagem do casamento em relação à união estável, de acordo com Pereira, é que o cônjuge necessariamente é herdeiro do outro. "No caso de união estável, o parceiro não herda imediatamente." Para o advogado, no entanto, o principal benefício é legitimar as relações homoafetivas. "É mais uma prova diante da sociedade."

Como  vai funcionar:

- Casais homossexuais poderão ir direto a qualquer cartório do país para dar entrada no pedido de casamento civil. Os procedimentos serão os mesmos exigidos para casais heterossexuais.
- Quem já tiver união estável poderá pedir a conversão em casamento.
- Em caso de recusa do cartório, o caso será levado para análise do juiz corregedor do respectivo Tribunal de Justiça do Estado. A resolução do CNJ, no entanto, não explica se é o casal que deve procurar o TJ.

CONHEÇA OS PAÍSES ONDE O CASAMENTO GAY É AUTORIZADO



Fonte: www.uol.com.br


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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Minissaia declarada culpada?


Minissaia declarada culpada?????
                                              Texto: Psicóloga Dra. Terezinha Barreiro



Meu comentário: 

Hão de formalizar que homens em: trajes provocantes, sensuais, sexuais, com roupas colantes, sem camisa, exibindo bicips, tricips, barriga de tanquinho, membros salientes em sungas na praia, oooopa, deu pra ferver.  Bem,  formalizar a título de lei que, em caso de "violência sexual" e/ou assédio, bulling ou mesmo estupro???, deverá responder como réu e não como vítima,  pelo crime de "provocação e sedução, seja de mulheres ou homens."
Caso, um dia utópico, ou não, essa lei passe, eu, Terezinha Barreiro, mesmo assim, defenderei o direito de livre escolha de indumentárias, na força da liberdade e direito de apreciação e bem estar de si próprio e  apreciação do "belo".
A sociedade que não garante nem "doutrina" seus cidadãos deve ser responsável por seus atos,  fatos, perjúrios e mal feitos e NÃO tornar vítima o cidadão que expõe seu corpo dentro dos conformes ditos "normais", ou dentro dos padrões.


Se ao ver pernas ou colos, dá direito ao ATAQUE SEXUAL de outros, vamos legalizar então, que: o indivíduo que nos provocar raiava ou ódio pode ser agredido ou até morto.
Terezinha Barreiro, Pós-Graduada em Sexualidade Humana, Psicóloga, Professora , Escritora e defensora dos direitos humanos de forma irrestrita e atualizada.

"O verão já está muito próximo e para muitos adolescentes será o primeiro a desfrutar uma série de mudanças em seu corpo. Os pais estão preocupados pela roupa que vão vestir, como minissaias muito curtas ou calças muito caídas", explicava a apresentadora do telejornal da TVE.

Com esse discurso, abria caminho a uma reportagem gravada em um centro de formação "no qual ensinam os pais como enfrentar esta nova situação".

Neste centro, uma psicóloga aconselha os pais a colocarem seus filhos diante de um espelho para fazê-los entender que a imagem que transmitem é importante.


A mãe de duas adolescentes declara, por exemplo, que suas filhas "não têm o conceito de provocar, mas talvez as pessoas que as veem pensem que estão provocando".

A oposição socialista reagiu em um comunicado, classificando a reportagem de "antiga, rançosa e de baixa qualidade": a televisão pública "quer impor sua moral e nos levar novamente à época do No-Do", o noticiário franquista projetado nos cinemas durante a ditadura, considerou o porta-voz do grupo socialista na comissão de controle da TVE, Juan Luis Gordo.

No Twitter, os protestos foram numerosos. Alguns internautas ressaltavam que é "muito infeliz vincular vestimenta e provocação, é uma mensagem que culpabiliza as mulheres".

Outros se mostravam mais indignados. "Vão me dizer o que vestir? Burca?", "Em alguns meses será crime vestir minissaia", "Renúncia JÁ da direção da TVE por usar a televisão pública tentando impor uma moral retrógrada e ultraconservadora".

Uma reportagem exibida nesta terça-feira pela televisão pública espanhola que ressaltava o perigo de que as adolescentes vistam saias muito curtas provocou nesta quarta-feira uma enxurrada de reações de indignação nas redes sociais, e entre a oposição de esquerda.


"O verão já está muito próximo e para muitos adolescentes será o primeiro a desfrutar uma série de mudanças em seu corpo. Os pais estão preocupados pela roupa que vão vestir, como minissaias muito curtas ou calças muito caídas", explicava a apresentadora do telejornal da TVE.

Com esse discurso, abria caminho a uma reportagem gravada em um centro de formação "no qual ensinam os pais como enfrentar esta nova situação".

Neste centro, uma psicóloga aconselha os pais a colocarem seus filhos diante de um espelho para fazê-los entender que a imagem que transmitem é importante.

A mãe de duas adolescentes declara, por exemplo, que suas filhas "não têm o conceito de provocar, mas talvez as pessoas que as veem pensem que estão provocando".

A oposição socialista reagiu em um comunicado, classificando a reportagem de "antiga, rançosa e de baixa qualidade": a televisão pública "quer impor sua moral e nos levar novamente à época do No-Do", o noticiário franquista projetado nos cinemas durante a ditadura, considerou o porta-voz do grupo socialista na comissão de controle da TVE, Juan Luis Gordo.

No Twitter, os protestos foram numerosos. Alguns internautas ressaltavam que é "muito infeliz vincular vestimenta e provocação, é uma mensagem que culpabiliza as mulheres".

Outros se mostravam mais indignados. "Vão me dizer o que vestir? Burca?", "Em alguns meses será crime vestir minissaia", "Renúncia JÁ da direção da TVE por usar a televisão pública tentando impor uma moral retrógrada e ultraconservadora".

Fonte: www.yahoo.com.br



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terça-feira, 30 de abril de 2013

Peso X Remédios


       Excesso de peso pode não ser só efeito colateral de                 remédio psiquiátrico

Catherine Saint Louis              

The New York Times

Laura Ward, de 41 anos, sempre atribuiu seus quilos em excesso aos medicamentos contra depressão grave que tomava. Então ela, que tem 1,67 cm e chegou a pesar 100 quilos, não tentava emagrecer nem evitava cair em armadilhas da alimentação, como o frango frito.
Porém, em um ensaio clínico, Ward conseguiu perder mais de 13 quilos praticando aeróbica de baixo impacto três vezes por semana. Durante o experimento, que durou 18 meses, ela foi apresentada à couve-flor e sentiu dores após fazer exercício pela primeira vez. Ela e os demais participantes frequentaram sessões de aconselhamento, onde praticavam recusar comidas sem qualidade e escolher porções menores. Ela passou a beber dois litros do refrigerante Diet Dr. Pepper por dia, em vez de oito.
Com o passar do tempo, Ward, que vive em Baltimore, percebeu que sua forma física não era simplesmente um efeito colateral de medicamentos. "Se fossem apenas os medicamentos, eu nunca teria perdido todo esse peso", disse ela.
Efeito colateral
As pessoas que têm doenças mentais graves, como esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressão maior, são pelo menos 50% mais propensas a ter excesso de peso ou obesidade do que a população em geral. Elas morrem mais cedo também, tendo como causa principal a incidência de doença cardíaca.
No entanto, a alimentação e a prática de exercícios geralmente ficam em segundo plano no tratamento de suas doenças. Os medicamentos usados, como antidepressivos e antipsicóticos, podem aumentar o apetite e peso. 
"O tratamento contribui para o problema da obesidade", disse Thomas R. Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental. "Nem todas as drogas fazem isso, mas isso fez com que o problema da obesidade se agravasse na última década."
Essa tem sido uma questão difícil para os especialistas em saúde mental. Uma análise dos programas de promoção da saúde para as pessoas com doença mental grave, publicada em 2012 por pesquisadores de Dartmouth, concluiu que em 24 estudos bem elaborados, a maioria das pessoas alcançou uma perda de peso estatisticamente significativa, mas muito poucas alcançaram uma "perda de peso clinicamente significativa".
Estudo
No entanto, um estudo publicado online no The New England Journal of Medicine em março divulgou as evidências mais abrangentes já disponibilizadas de que as pessoas com doença mental grave podem perder peso, apesar dos desafios. Cerca de 300 pessoas com esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo ou depressão – incluindo Ward – foram distribuídas entre um grupo de controle que recebeu uma alimentação básica e informações sobre a prática de exercícios e outro cujos membros se exercitavam juntos e participavam de sessões de controle de peso.
A diferença média entre os grupos após 18 meses foi de apenas 3,5 quilos, mas estudos mostram que isso já é suficiente para reduzir os riscos cardiovasculares, notaram os pesquisadores. Cerca de 38% dos participantes do grupo de intervenção perderam ao menos 5% do seu peso inicial, em comparação com apenas 22,7% dos membros do grupo de controle.
 A diferença entre os dois grupos poderia ter sido maior, já que o grupo de controle se beneficiou de um dos aspectos da intervenção: as escolhas alimentares mais saudáveis oferecidas nos 10 programas psiquiátricos onde o estudo foi realizado, como peixe cozido em vez de frito.
"Essa população pode mudar", disseGail L. Daumit, principal autora do estudo e internista da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. "Existe um forte estigma que diz que eles não têm como mudar."
A maioria dos outros estudos reuniu "uma população definida de maneira bastante limitada que excluiu as pessoas que têm muitas comorbidades", disse Caroline Richardson, do Sistema de Saúde de Veteranos de Guerra de Ann Arbor, Michigan. Mas esse estudo "se aplica a inúmeras pessoas".
O estudo sugere que a perda de peso pode ter uma trajetória diferente no caso das pessoas com doença mental. No grupo de intervenção, a perda de peso não "se intensificou logo" e, em seguida, desacelerou, como às vezes acontece em programas direcionados para pessoas sem doença mental, disse Daumit. Em vez disso, ela foi "progredindo ao longo do experimento".
Desde o término do estudo, Ward disse que recuperou pelo menos 7 quilos. Ainda assim, todos os dias ela caminha por 20 minutos.
Stephen J. Bartels, professor de psiquiatria de Dartmouth e coautor da análise de 2012, disse que as intervenções mais eficazes junto às pessoas com doença mental combinavam estratégias de educação e atividade estruturada, com foco na prática de exercícios e na alimentação.
Aulas e programas de exercícios parecem funcionar melhor quando estão disponíveis nos locais onde são prestados serviços de saúde mental. E esses programas provavelmente deveriam durar por pelo menos seis meses, disse ele.
Se perder peso é um desafio para qualquer um, imagine para as pessoas que têm problemas cognitivos e de memória. No estudo conduzido por Daumit, os pesquisadores deram cartas aos participantes para que eles as levassem na carteira e na bolsa; elas enfatizavam mensagens a respeito de evitar, por exemplo, bebidas açucaradas.
Programas
Um dos poucos programas de promoção da saúde amplamente testados por pessoas com doenças mentais é o InShape, disponível em 10 localidades de New Hampshire e em nove programas em outros cinco estados. Um dos princípios do programa é fazer com que os pacientes definam seus próprios objetivos, com a ajuda de um "mentor" pró-saúde que às vezes também os acompanha até a academia para evitar que eles se sintam desconfortáveis.
Em uma intervenção randomizada e controlada com duração de um ano que utilizou o InShape, a ser publicada no periódico Psychiatric Services, quase metade dos 133 participantes teve ou uma perda de peso clinicamente significativa (de pelo menos 5% do peso corporal) ou melhorias clinicamente significativas graças a uma caminhada de seis minutos, disse Bartels, o principal autor do estudo.
"Muitos deles acabam se sentindo impotentes quanto a evitar o ganho de peso", Ken Jue, que criou o InShape na agência de saúde Monadnock Family Services, em Keene, New Hampshire, em 2003. "Nós tentamos incentivar as pessoas e dizer que elas têm algum controle sobre essa situação."
Fonte: www.uol.com.br

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Estupidez - Porque as pessoas fazem coisas idiotas


Por que as pessoas fazem coisas idiotas.










Gustave Flaubert escreveu que “a terra tem seus limites, mas a estupidez humana é infinita”. Suas muitas cartas a Louise Colet, a poetisa francesa que inspirou o romance Madame Bovary, estão cheias de afrontas e xingamentos dirigidos a seus colegas mais insensatos. Flaubert via a burrice em tudo, desde as fofoqueiras da classe média às palestras dos acadêmicos.

Nem Voltaire escapou de seu olhar crítico. Consumido por essa obsessão, Flaubert dedicou seus últimos anos a reunir milhares de exemplos para uma espécie de enciclopédia da burrice. Ele morreu antes de completar sua obra-prima, e alguns biógrafos atribuem sua morte súbita, aos 59 anos, à frustração causada pela pesquisa para o livro. 

Documentar a extensão da estupidez parece uma missão impossível, mas estudos recentes sobre o tema levantam perguntas intrigantes. Se a inteligência é uma vantagem tão grande, por que não somos todos uniformemente inteligentes? E por que até as pessoas mais inteligentes cometem idiotices? Acontece que nossas medidas tradicionais de inteligência, especialmente o QI, não têm muito a ver com os comportamentos irracionais e ilógicos que irritavam Flaubert. Você pode ser, ao mesmo tempo, altamente inteligente e muito estúpido.

Entrevista:Pesquisador explica como empresas podem nos tornar estúpidos. 

A ideia de inteligência e burrice como extremos opostos de um único espectro é moderna. Na Renascença, o teólogo Erasmo de Roterdã elogiou a Loucura como uma entidade descendente do deus da riqueza e da ninfa da juventude; outros autores a viam como uma combinação de vaidade, teimosia e imitação. Foi apenas em meados do século 18 que a estupidez começou a ser identificada com a inteligência medíocre, diz Matthijs van Boxsel, historiador holandês que escreveu sete livros sobre o tema. “Nessa época, a burguesia subiu ao poder e, com o Iluminismo, a razão se tornou a nova regra”, explica. 


POR QUE A BURRICE EVOLUIU 
As tentativas modernas de estudar a variação nas habilidades humanas de cognição concentraram-se nos testes de QI, que dão uma nota à capacidade mental de um indivíduo. Até um terço dessa variação no índice é causada pelo ambiente em que crescemos: nutrição e educação, por exemplo. Os genes contribuem com mais de 40% das diferenças entre dois indivíduos. 

Essas diferenças podem se manifestar no modo como nosso cérebro está estruturado. Cérebros inteligentes possuem redes de conexões mais eficientes entre os neurônios. Isso pode determinar a capacidade de usar a “memória de trabalho”, aquela de curto prazo, para relacionar ideias díspares e acessar rapidamente estratégias de solução de problemas, explica Jennie Ferrell, psicóloga da Universidade do Oeste da Inglaterra, em Bristol. “Essas ligações neurais são a base para a realização de conexões mentais eficientes.” 

A grande variação no QI levou alguns pesquisadores a questionarem um possível efeito negativo da capacidade cerebral superior. Se a inteligência não tivesse custo nenhum, por que a evolução não transformou todos nós em gênios? Infelizmente, as evidências nessa área são escassas. Alguns autores propõem que a depressão pode ser mais comum entre indivíduos mais inteligentes, o que levaria a índices de suicídio mais elevados, mas nenhum estudo revelou achados que apoiem essa tese. 

As diferenças na inteligência também podem ter se originado de um processo chamado “deriva genética”, depois que a civilização superou os desafios que motivaram a evolução de nossos cérebros. Gerald Crabtree, pesquisador da Universidade de Stanford, é um dos principais defensores dessa ideia. Ele lembra que nossa inteligência depende de cerca de 2 mil a 5 mil genes em mutação constante. No passado distante, pessoas cujas mutações atrasavam seu intelecto não teriam sobrevivido para passar seus genes adiante, mas Crabtree sugere que, à medida que as sociedades se tornaram mais colaborativas, os indivíduos com raciocínio mais lento aproveitaram o sucesso dos mais espertos. Na verdade, ele diz que um viajante do tempo do ano 1.000 a.C. que chegasse à sociedade moderna estaria “entre os indivíduos mais inteligentes e intelectualmente ativos”. 

A teoria costuma ser chamada de hipótese da “idiocracia”, em homenagem ao filme de mesmo nome, que imagina um futuro no qual a rede de segurança social criou um deserto intelectual. Apesar de ter seus defensores, as evidências em prol dela são fracas. É difícil estimar a inteligência de nossos antepassados distantes, e o QI médio aumentou um pouco no passado recente. “Isso desmente o medo de que pessoas menos inteligentes têm mais filhos e, logo, a inteligência vai diminuir”, afirma o psicólogo Alan Baddeley, da Universidade de York. 

CULTURA IRRACIONAL 
Novas descobertas estão levando muitos pesquisadores a sugerir que o pensamento humano tem mais dimensões do que as medidas pelos testes de QI, o que pode forçar uma revisão radical no tema. Críticos sempre disseram que o QI é facilmente afetado por fatores como dislexia, educação e cultura. “Eu provavelmente iria muito mal em um teste de inteligência elaborado por um índio Sioux do século 18”, afirma o psicólogo Richard Nisbett, da Universidade de Michigan, nos EUA. Sabemos que pessoas com pontuações baixas, chegando a um mínimo de 80, conseguem falar múltiplos idiomas e que QI alto não é garantia de racionalidade: pense nos físicos brilhantes que insistem que a mudança climática é uma farsa. 

“Existem pessoas inteligentes que são estúpidas”, diz Dylan Evans, psicólogo e escritor que estuda as emoções e a inteligência. O que explica esse aparente paradoxo? Uma das teorias vem de Daniel Kahneman, cientista cognitivo da Universidade de Princeton que recebeu o Prêmio Nobel em Economia por suas pesquisas sobre o comportamento humano. Os economistas costumavam presumir que as pessoas são inerentemente racionais, mas Kahneman e seu colega Amos Tversky descobriram que não é bem assim. Eles demonstraram que quando processamos informações, nossos cérebros podem acessar dois sistemas diferentes. Os testes de QI mensuram apenas um: o processamento que é crucial para a solução de problemas no consciente. Mas no cotidiano, nosso modo-padrão é utilizar o sistema mais intuitivo. 

Os mecanismos intuitivos nos deram uma vantagem evolucionária, pois oferecem atalhos que ajudam a lidar com a sobrecarga de informações. Eles incluem usar estereótipos, viés de confirmação e a tentação de aceitar a primeira solução para um problema mesmo que obviamente não seja a melhor (confira isso no teste do quadro à direita). 

Esses vieses produzidos pela evolução ajudam nosso raciocínio em certas situações, mas também podem atrapalhar decisões quando usados sem um olhar crítico. Assim, a incapacidade de reconhecer ou resistir a eles é um elemento fundamental da estupidez. “O cérebro não tem um interruptor que diz ‘vou usar estereótipos para definir restaurantes, não para pessoas’”, explica Ferrell. “É preciso treiná-lo.” 

Como a estupidez tem zero relação com o QI, entendê-la de verdade requer um novo teste para examinar nossa susceptibilidade a vieses. É o que propõe Keith Stanovich, cientista cognitivo da Universidade de Toronto, no Canadá, no seu Quociente de Racionalidade (QR — saiba mais no primeiro quadro desta reportagem). O QR servirá para avaliar nossa capacidade de reconhecer os vieses cognitivos. 

Mas o que determina se você tem ou não um QR naturalmente alto? Stanovich descobriu que o QR não se resume aos genes ou fatores ambientais durante a infância. Depende da metacognição, a capacidade de determinar a validade de seu próprio conhecimento. Pessoas com QR alto desenvolveram essa consciência em algum momento. Um jeito simples de treinar isso é pegar a resposta intuitiva a um problema e considerar seu lado oposto antes de decidir. Exercícios como os do quadro da página anterior também ajudam. Mas mesmo quem tem um QR naturalmente alto não está a salvo da estupidez. “Você pode ter habilidades cognitivas excelentes, mas é o ambiente que determina como deve agir”, explica Ferrell. 

Distrações emocionais podem ser a maior causa desse tipo de estupidez. Sentimentos como luto ou ansiedade ocupam a memória de trabalho, fazendo com que sobrem menos recursos cerebrais para avaliar o mundo ao seu redor. Para lidar com a dificuldade, você pode acabar recorrendo a atalhos. Ambientes coorporativos, principalmente de empresas que lidam com conhecimento, estão entre os que mais estimulam a estupidez, explica o professor da Cass Business School Andre Spicer na entrevista ao lado. Para ele, funcionários brilhantes de bancos e consultorias foram vítimas de um tipo de estupidez organizacional que ajudou a provocar a crise financeira. 

Isso pode explicar por que, de acordo com Stanovich, o setor financeiro implora por um bom teste de racionalidade “há anos”. Por ora, o incipiente teste de QR não oferece um escore definitivo, é preciso comparar um grande número de voluntários antes que seja possível desenvolver uma escala para avaliar diferentes grupos. Stanovich começou a desenvolver o teste em janeiro. Se alguém vai terminar o que Flaubert começou é outra questão. Van Boxsel vai se aposentar depois do sétimo livro sobre o tema. Mas a Biblioteca do Congresso dos EUA, talvez por acidente, assumiu a tarefa: decidiu arquivar todos os tweets do mundo. 

Fonte: www.revistagalileu.globo.com


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Criança x tecnologia. Uma conta que não dá certo.


Vício por iPad de britânica de 4 anos faz pais buscarem ajuda psiquiátrica


Uma menina de 4 anos, moradora da região sudeste do Reino Unido, se tornou uma das pacientes mais jovens a ser tratada no país contra o vício em usar o iPad. Segundo informações do "Daily Mail", a garota está fazendo tratamento psiquiátrico em uma clínica na capital do país.
A criança, que não teve a identidade revelada, usa o tablet da Apple desde os três anos de idade. De acordo com os médicos, o vício é ligado aos jogos existentes no tablet -- a menina apresenta sintomas de abstinência quando o aparelho é tirado dela.
Richard Graham, da clínica Capio Nightingale, em Londres, é um dos psiquiatras que trata do caso, afirma que muitos outros casos envolvendo crianças viciadas em tablets estão ocorrendo no país. A recomendação do psiquiatra aos pais da menina foi a de que eles tratassem do problema antes que ela chegasse aos 11 anos de idade – o vício poderia ser tão grave que ela necessitaria de internação.







Crianças compram extras para jogos no iPad e dão ''rombo'' no cartão dos pais14 fotos

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Os tablets são boas babás para as crianças, até os pais perceberem o perigo dascompras dentro de aplicativos de jogos ditos ""gratuitos"" e terem de arcar com gastos ""estratosféricos"" direto no cartão de crédito. Casos envolvendo a Apple aumentaram depois que a empresa passou a permitir a compra de créditos extras diretamente nos jogos. Eles são tantos que, nos Estados Unidos, a Justiça americana determinou neste ano que a Apple pagasse US$ 100 milhões (cerca de R$ 200 milhões) em indenização a pais que tiveram contas fora do comum no iTunes. Veja a seguir alguns dos casos no mundo Arte UOL
"Não deixe o seu iPad por aí, porque se fizer isso e a criança ver todas aquelas cores bonitas, elas vão querer usar também", alerta Graham.
Os sintomas do vício em tablets em crianças, segundo Graham, podem ser observados quando o aparelho é tirado delas, fazendo-as reagir com birras e comportamento incontrolável.
Outros pacientes viciados em tablets tratados por ele recebem aconselhamento online e via Facebook. O valor cobrado para a "desintoxicação tecnológica" é de 16 mil libras (cerca de R$ 46 mil).
Fonte: www.uol.com.br

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Por que ler dá sono?

Por que ler dá sono?


O problema não é a leitura, é você. E a hora em que resolve abrir o livro

por Cristine Kist














Não é ler um livro que dá sono, claro, mas substâncias químicas que agem no corpo. Uma delas é a adenosina, que se acumula ao longo do dia. Quanto mais adenosina, maior o sono, explica Fábio Haggstram, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital São Lucas, de Porto Alegre. Ou seja, o problema, na verdade, é a hora da leitura. Experimente ler em outro horário. Você pode até sentir preguiça, não conseguir nem virar a página e se entediar. Mas não terá sono.



Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.


Três dicas para não dormir

Ponha a leitura em dia antes de cair no sono


1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.

2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.

3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.

Fonte: www.superinteressnte.com.br


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