quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Exposição fotográfica exalta sensualidade de idosas no Amazonas

Ensaio foi realizado apenas com mulheres que tem acima de 60 anos.
A exposição, que acontecerá em março, será aberta ao público.

 

Marcos Dantas Do G1 AM

 Objetivo da exposição é levantar a auto-estima das idosas sem perder o respeito que a idade exige (Foto: Chico Batata/Agecom)

A exposição 'Tamoios e Porangas' será realizada no período de 6 a 8 de março, a partir das 18h no salão central do Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci), no bairro Aparecida, Zona Sul de Manaus. A exposição mostra, em 27 fotografias, a sensualidade de mulheres com mais de 60 anos, inscritas nas atividades oferecidas pelo Ceci. Algumas das fotos foram feitas nas cachoeiras de Presidente Figueiredo, município a 107 km da capital, e outras em um estúdio improvisado no Ceci.

A exposição é aberta ao público e abre a programação especial do mês das mulheres nos centros de convivência de Manaus e do município de Iranduba, à 64 km da capital. Na língua Tupi, 'Tamoios e Porangas' significa 'velhas e bonitas'.

A mostra acontecerá no Ceci e também nos centros da Família Padre Pedro Vignola, na Cidade Nova, Zona Norte, Magdalena Arce Daou, no Santo Antônio, Zona Oeste, e ainda num shopping na Zona Centro-Sul, ao longo do mês de março. Em Iranduba haverá programação especial em comemoração ao Mês das Mulheres.

Em 20 anos de carreira, esta é a primeira vez que o fotógrafo Francisco Evangelista, popularmente conhecido como Chico Batata, faz um trabalho tão inusitado, segundo ele mesmo. "Já fiz fotos de polícia, acidentes, e outras coisas mais comuns nesse meio, mas nunca pensei que poderia fazer uma sessão de fotos como essa. Quando recebi o convite fiquei assustado, porque geralmente sou chamado para fazer sessões com mulheres jovens para comerciais e afins. Trabalhar com idosas foi diferente e gostei muito", disse ao G1.

Chico Batata explicou que as senhoras foram acompanhadas por psicólogos e assistentes sociais antes da sessão de fotos e que o maior objetivo do trabalho é levantar a auto-estima das mulheres sem perder o devido respeito que a idade exige. "É claro que as senhoras ficaram tímidas no começo, isso é normal, mas todas elas tiveram o apoio de profissionais e ainda de seus maridos, o que foi fundamental pra que elas perdessem a timidez. O trabalho é de muito bom gosto", afirmou o fotógrafo.

Atendimenro psicológico na Clínica Genesis em Cabo Frio. Tel: 22 2643-6366
 

Beijo gay entre soldado do exército dos EUA e namorado causa frenesi

Publicado: 28 de fevereiro de 2012 às 14:41 | Autor: Eliomar de Lima
Uma fotografía de dois soldados do Exército dos EUA trocando um beijo de boas vindas na sua chegada ao Hawai está causando polêmica na internet e levantado o apoio dos simpatizantes da nova lei que permite serviço militar para jovens abertamente homossexuais. O sargento Brandon Morgan e seu namorado Dalan Wells compartilharam a fotografia do abraço no domingo em seu perfil no Facebook e na página Gay Marines da rede social. “Como veterano gay, essa imagem me deixou com lágrimas nos olhos”, escreveu um usuário do Facebook. “Nunca nos meu sonhos jamais penei em ver isso em minha vida”, comentou outro.
NO BRASIL Quinta-feira, 05 de maio de 2011 Supremo reconhece união homoafetiva Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. As ações foram ajuizadas na Corte, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O julgamento começou na tarde de ontem (4), quando o relator das ações, ministro Ayres Britto, votou no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF. Os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso, bem como as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, acompanharam o entendimento do ministro Ayres Britto, pela procedência das ações e com efeito vinculante, no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Na sessão de quarta-feira, antes do relator, falaram os autores das duas ações – o procurador-geral da República e o governador do Estado do Rio de Janeiro, por meio de seu representante –, o advogado-geral da União e advogados de diversas entidades, admitidas como amici curiae (amigos da Corte). Ações A ADI 4277 foi protocolada na Corte inicialmente como ADPF 178. A ação buscou a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pediu, também, que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis fossem estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo. Já na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, o governo do Estado do Rio de Janeiro (RJ) alegou que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade (da qual decorre a autonomia da vontade) e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal. Com esse argumento, pediu que o STF aplicasse o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1.723 do Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro.


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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012



Stress: Como o psicólogo pode ajudar quem sofre de Transtorno de Ansiedade Generalizada?




Então amanhece e você já acorda com o coração disparado. Vai tomar seu café da manhã e o falatório matinal da família o faz sentir perturbado e até irritado. Ao sair para o trabalho, durante o percurso, fica sem paciência e mal humorado.

Estamos falando de Stress, que é o responsável pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada, ou seja, toda a rotina não-satisfatória do seu dia-a-dia acumulando mensagens no seu cérebro, que geram emoções negativas tanto para seu corpo como para sua mente, fazendo com que você saia do seu padrão de personalidade e passe a pensar, sentir e agir de forma diferente da habitual.

Popularmente falando dá-se o título de “nervosismo”, e em geral, acredita-se que realmente vai passar logo, mas essa não é a versão verdadeira. O descontrole emocional faz a pessoa perder a noção de suas atitudes, comentários e sentimentos, mesmo ouvindo de outras pessoas que “você mudou”, “está agressivo”, “não tem mais paciência”...

A importância da procura pelo profissional de psicologia, vem justamente para “descobrir” a origem de tudo que está acontecendo e então trabalhar (sempre) junto com a pessoa a “desprogramação” feita na sua mente para esse novo comportamento. É muito importante ressaltar que ninguém tem “culpa” ou “fraqueza” por estar passando por isso. Na verdade, essa “ponta do iceberg” é um grande grito de alerta de que alguma coisa não está bem. Nossa mente é tão fantasticamente perfeita que nada que nos faça mal, seja em qualquer nível, mental ou físico,  passa despercebido aos olhos mágicos da natureza humana, que com isso nos ajuda em todos os dias da nossa vida, mostrando e pontuando nosso equilíbrio/desequilíbrio no decorrer dos dias.

O Psicólogo/Psicoterapêuta, tem a  função, juntamente com o paciente, da descoberta, montagem dos fatos e a percepção destes por parte do paciente, análise de suas emoções e respostas corporais e as reações à elas, e assim levá-lo à luz da consciência e importância da mudança da rotina mental e física. A realidade pode não ser mudada, mas com certeza, a percepção dos fatos pode e deve ser modificada.

Enfim, o trabalho do Psicólogo/Psicoterapêuta é ajudar o paciente a transpor essa sintomalogia atingindo primeiramente a causa, caso contrário, sem diretriz ou cuidado especializado do profissional, o indivíduo acaba tentando aliviar os sintomas de alguma forma, sendo bebendo em excesso, tomando “calmantes” de amigos, usando drogas ilícitas e etc,  o que cedo ou tarde, agravará muito a situação apresentada a princípio.

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Disfunção hormonal: uma vilã que ataca em silêncio

Disfunção hormonal: uma vilã que ataca em silêncio

Quilinhos a mais, suor excessivo ou cabelo sem vida. Antes de procurar qualquer alternativa estética, fique de olho, você pode ser vítima dela 

Por Isabelle Lindote
Fonte: Revista Uma / Edição 102

Várias pesquisas científicas alertam as mulheres para um dado alarmante: estima- se que hoje uma a cada 15 mulheres desenvolve algum tipo de disfunção hormonal em seu organismo. E o mais chocante é que a maioria delas nem sabe que essas doenças existem.

Cabelos opacos, pele ressecada, perda ou ganho de peso sem motivo
aparente, menstruações desreguladas, tudo isso pode ser sintoma de um possível descontrole hormonal. Essas alterações podem ser desencadeadas por diversos motivos, mas sempre ligados a um fator determinante: a genética.

Segundo o endocrinologista Régis Salgado, conhecido por ser o médico de famosas como Luciana Gimenez, Iris Stefanelli e Sonia Abrão, “O descontrole hormonal pode acontecer em qualquer faixa etária e classe social. A grande explicação para o aparecimento do problema é a hereditariedade”, explica.
Há ainda sintomas mais difíceis de lidar, como depressão, irritabilidade, sensibilidade ao frio e baixa libido. Apesar de não refletirem diretamente na estética, afetam as relações pessoais e o rendimento no trabalho.

De acordo com um estudo realizado pelo Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 22% das mulheres de todas as idades tem problemas com relação ao desejo sexual. Na faixa de mais de 50 anos o índice salta para 40%. “Quando essa falta de desejo ultrapassa os seis meses, torna-se importante investigar a causa e procurar tratamento, já que pode indicar uma disfunção da tireoide”, indica a psicóloga Carmita Abdo, coordenadora do projeto.

Como cada organismo reage de uma forma, muitas vezes a mulher procura dezenas de médicos antes de encontrar um diagnóstico preciso. Isso porque muitos profissionais acabam se baseando apenas nos resultados laboratoriais, sem avaliar a fundo as reações visíveis do corpo, por exemplo.

“É preciso avaliar cada caso. Se uma paciente está com os exames normais, mas relata alterações físicas e psicológicas compatíveis com uma disfunção hormonal, sem dúvida vou levar em consideração essa avaliação para tratar a doença”, conta Dr. Régis Salgado, especialista em metabolismo e emagrecimento.

“É comum as pacientes chegarem ao consultório tomando medicamentos para depressão, tristeza e cansaço, o que mascara os sintomas da disfunção hormonal. O melhor conselho é buscar sempre um diagnóstico preciso de quem procura entender o corpo como um todo e não por partes”.

Causas e consequências
Ainda não é possível evitar que o corpo entre em desordem hormonal, mas alguns hábitos podem ajudar a potencializar os sintomas. “Fumo, consumo de bebidas alcoolicas e uso de pílula anticoncepcional não são, na prática, causas de desequilíbrios hormonais, mas influenciam de maneira negativa a doença”, explica Régis Salgado.

No entanto, o vilão da vida moderna tem uma posição de destaque como agente desencadeador das disfunções: o estresse. “O cortisol que circula no organismo da pessoa estressada é um hormônio produzido pelas suprarrenais e afeta o sistema imunológico, além de aumentar a pressão arterial e a glicose no sangue. Se o corpo fica mais propenso a doenças, também se torna mais frágil aos problemas hormonais”.

Quanto ao tratamento, o médico revela: “Infelizmente, a medicina ainda não está tão evoluída a ponto de conseguir estimular uma glândula a produzir hormônio. Logo, problemas como o hipotireoidismo são tratados com reposição hormonal, o que faz com que seja preciso encontrar uma dose adequada individualmente”.

A gravidez também pode provocar um descontrole hormonal. De acordo com o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira, chefe da Maternidade Carmela Dutra (RJ), no caso da gestação, o ciclo menstrual é suspenso por muito tempo e o corpo é exposto a outros hormônios além da progesterona e do estrógeno, como a prolactina, responsável pela produção de leite.

Todas as mudanças podem causar uma confusão no organismo, que ao tentar retomar o ciclo natural da mulher, pode acabar desregulado. No caso da Síndrome do Ovário Policístico, somente depois de dois anos da primeira menstruação é que seu diagnóstico pode ser feito.

Um agravante ao tratamento da doença é a grande porcentagem de pacientes que apresentam resistência à insulina, podendo até levar à diabetes. Pensando nisso, a obesidade tem lugar de destaque como agente agravante da doença: pessoas obesas têm o risco de se tornarem diabéticas em até 90% dos casos.

Diagnóstico Preciso

Se você tiver algum tipo de dúvida de que seus hormônios estão em ordem, consulte imediatamente um endocrinologista. Ele vai te pedir um exame de sangue chamado TSH e T4, para avaliar se suas taxas hormonais estão mesmo de acordo. Caso a dúvida seja a respeito da Síndrome dos Ovários Policísticos, o mais indicado é procurar um ginecologista.

Para detectar a doença e saber se há modificações estruturais nos ovários, é necessário fazer exames de imagens, como a ultrassonografia. Hoje em dia, os diagnósticos mais precisos são feitos com aparelhos mais modernos, como o ultrassom Doppler colorido. O exame é muito preciso, pois consegue visualizar a circulação do sangue nos ovários dando clareza ao diagnóstico.
Agora, se você foi diagnosticada com algum tipo de disfunção hormonal, não se desespere. O mais indicado é seguir com o tratamento específico para o seu caso, e assim voltar a ter uma vida normal. Ninguém precisa se sentir condenada por tomar uma medicação pelo resto da vida, afinal, o que importa é a qualidade de vida restabelecida pelo medicamento.

Nutrição funcional: uma forma natural de amenizar os sintomas

A melhor maneira para controlar os sintomas de qualquer doença é ter uma alimentação balanceada e feita de acordo com as necessidades do organismo da paciente.

“O tratamento nutricional funcional auxilia na prevenção de patologias associadas à síndrome dos ovários policísticos e ajuda a restabelecer o equilíbrio bioquímico do organismo da mulher, sempre levando em consideração a individualidade de cada uma”, explica a nutricionista clínica funcional Daniela Jobst.

“Uma dieta com baixa ingestão de gorduras saturadas, rica em fibras e em alimentos antioxidantes e com baixo índice glicêmico, é uma ótima escolha para as pacientes. Esse tipo de alimentação, em curto prazo, reduz os sintomas, e em longo prazo, diminui as chances de a mulher ter as doenças ligadas à sensibilidade a insulina”, afirma Daniela.

No caso de quem possui problemas de tireoide, é recomendável fazer uma suplementação com as chamadas “gorduras do bem”, contidas em alimentos como salmão, atum, sardinha e castanhas, que contêm ômega 3 e 6.

Conheça os distúrbios hormonais mais comuns

Tireóide
A disfunção na tireoide, uma glândula em forma de borboleta que fica na base do pescoço, é muito comum nas mulheres. Acredita-se que pelo menos 20% da população feminina sofra com o mau funcionamento da glândula responsável pela produção dos hormônios que regulam o organismo.

Existem vários tipos de alterações da tireoide, os mais frequentes são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.

Hipotireoidismo: problema mais comum ligado à tireoide. Caracteriza-se pela diminuição ou falta de produção do hormônio T4.

Sintomas: ganho de peso, cansaço, alteração do ciclo menstrual, pele oleosa, sensibilidade ao frio, queda e quebra de cabelo, sonolência, depressão e fragilidade das unhas.

Tratamento: reposição hormonal com controle pelo resto da vida.
Hipertireoidismo: é menos comum e mais grave, pois pode levar a problemas cardíacos e até a morte. Caracteriza-se pela superprodução dos hormônios T3 e T4.
Sintomas: emagrecimento rápido e sem motivo, exoftalmia (“olhar assustado”), taquicardia, irritabilidade, hiperatividade alterações no humor e pele ressecada.
Tratamento: injeção de um neurotransmissor para bloquear o funcionamento exagerado da tireóide.

Ovários
Síndrome dos Ovários Policísticos: trata-se de uma desordem complexa e multigênica que afeta a regulação e a produção dos hormônios sexuais femininos. Pode causar infertilidade e aumenta o risco de diabetes, síndrome metabólica, doenças vasculares, câncer do endométrio e obesidade.
Acredita-se que cerca de 15% da população feminina seja afetada pela doença, que costuma se manifestar na adolescência. Sintomas: menstruação irregular, pele oleosa e acneica, queda de cabelo e crescimento de pelos no rosto, no peito e no abdômen.

Tratamento: reposição hormonal por meio de pílula anticoncepcional é o método mais comum, mas o anel vaginal e a injeção hormonal também podem ser indicados em alguns casos.

A operação é recomendada como a última opção, somente em casos urgentes, quando após ou durante o tratamento não há evolução.

Fonte:  http://anunes.e-familyblog.com


Atendimento psicológico na Clínica Gênesis em Cabo Frio. Tel: 22 2643-6366

sábado, 25 de fevereiro de 2012

STRESS: O MATADOR SILENCIOSO

Estresse: O Assassino Silencioso

Dr. Vladimir Bernik, MD

Na segunda quinzena de julho, o mundo surpreendeu-se com a notícia de que a espaçonave russa, a estação espacial Mir (paz), ficara sem energia por uma ordem errada do comandante Vladimir Tsibliev. O médico, que cuida dos tripulantes, Igor Goncharov, explicou, com a maior naturalidade, que o engano fora resultante do estresse do comandante. Nunca a palavra estresse ganhou tamanha notoriedade em circunstâncias tão dramáticas.
E o que é estresse? Não há ainda uma definição para o mesmo nos compêndios de patologia médica. É o dicionário Aurélio que nos diz que o estresse (em bom português) é "o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase" (equilíbrio).
Hoje o termo estresse é amplamente usado na linguagem atual e nos meios de comunicação. Designa uma agressão, que leva ao desconforto, ou as conseqüência desta agressão. É uma resposta a uma demanda, de modo certo ou errado.
O estresse corresponde a uma relação entre o indivíduo e o meio. Trata-se, portanto, de uma agressão e reação, de uma interação entre a agressão e a resposta, como propôs o médico canadense Hans Selye, o criador da moderna conceituação de estresse. O estresse fisiológico é uma adaptação normal; quando a resposta é patológica, em indivíduo mal-adaptado, registra-se uma disfunção, que leva a distúrbios transitórios ou a doenças graves, mas, no mínimo agrava as já existentes e pode desencadear aquelas para as quais a pessoa é geneticamente predisposta. Aí torna-se um caso médico por excelência. Nestas circunstâncias desenvolve-se a famosa síndrome de adaptação, ou a luta-e-fuga (fight or flight), na expressão do próprio Selye.
Segundo a colocação dada ao estresse por este autor, num congresso realizado em Munique, em 1988, "o estresse é o resultado do homem criar uma civilização, que, ele, o próprio homem não mais consegue suportar". E, em se calculando que o seu aumento anual chega a 1%, e que hoje atinge cerca de 60% de executivos (veja uma pesquisa anexa), pode-se chamar de a "doença do século" ou, melhor dizendo, " "a doença do terceiro milênio". Trata-se de um sério problema social econômico, pois é uma preocupação de saúde pública, pois ceifa pessoas ainda jovens, em idade produtiva e geralmente ocupando cargos de responsabilidade, imobilizando e invalidando as forças produtivas da nação; e é mais importante ainda no Brasil que, por ser um país ainda jovem, exclui da atividade pessoas necessárias ao seu desenvolvimento. Não se sabe exatamente a incidência no Brasil, mas nos
Estados Unidos gastam-se de 50 a 75 bilhões de dólares por ano em despesas diretas e indiretas: isto dá uma despesa e 750 dólares por ano por pessoa, que trabalha.
A vulnerabilidade hereditária, mais a preocupação com o futuro, num tempo de incertezas, de um o país que estabiliza a moeda, mas aumenta o número de desempregados, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida piora, existem os medos do envelhecimento em más condições, e do empobrecimento, além de alimentação inadequada, pouco lazer, a falta de apoio familiar adequado e um consumismo exagerado. Todos são fatores pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais, que originam a sensação de estresse e seu conseqüente desencadeamento de doenças, de uma simples azia à queda imunológica, que pode predispor infeções e até neoplasias.
A Universidade de Boston elaborou um teste rápido e auto-aplicável (anexo), onde você pode "medir" o nível de seu estresse. Se você passou incólume, pare de ler o artigo. Mas, se você se "encontrou" nos ítens apontados, mesmo em nível baixo, siga cuidadosamente a exposição.

O Que Provoca o Estresse ?

São os grandes problemas da nossa vida que, de modo agudo, ou crônico, nos lançam no estresse. Diversos pesquisadores notaram que a mudança é um dos mais efetivos agentes estressores. Assim, qualquer mudança em nossas vidas tem o potencial de causar estresse, tanto as boas quanto as más. O estresse ocorre, então, de forma variável, dependendo da intensidade do evento de mudança, que pode ir desde a morte do cônjuge, o índice máximo na escala de estresse, até pequenas infrações de trânsito ou mesmo a saída para as tão merecidas férias.
Certos eventos em nossas vidas são tão estressantes, que caracterizam a situação de trauma (lesão ou dano) psíquico. Recentemente as ciências mentais reconheceram uma nova síndrome, batizada de Distúrbio de estresse pós-traumático, uma verdadeira doença, pertencente ao estudo da angústia. Tornou-se bem sistematizada a partir da volta dos "viet-vets", ou veteranos da guerra do Vietnam. Esta doença ocorre com quadros agudos de angústia, grave e até invalidante, quando a ex-vítima é exposta a situações similares, tornando a desencadear todos os sintomas ansiosos severos, que conheceram durante a violência a que estiveram submetidos: são os "flash-backs", que revivenciam as situações traumatizantes.


Isto não é aplicado apenas a veteranos de guerra; vejam-se os crescentes índices de violência urbana e as suas vítimas, que vivem quadros de desespero permanente, quando não atendidos adequadamente em serviço psiquiátrico de reconhecida competência na área. Bombas, acidentes automobilísticos ou aéreos, desabamentos, assaltos com extrema violência, sequestros prolongados, estupros, etc. são causas comuns do distúrbio de estresse pós-traumático. O tratamento costuma ser demorado, mas tende a um bom prognóstico.





Quais São as Bases Funcionais do Estresse ?

Da Silva, um cirurgião americano do século passado, foi o primeiro a perceber que soldados feridos só caíam prostrados após alcançarem a meta: isto é, lutavam ainda sob efeito de 'adrenalina'. O fisiologista Walter Cannon observou que as reações alerta/luta e fuga em animais desencadeavam um maciço aumento das catecolaminas urinárias (substâncias decorrentes do metabolismo da adrenalina). 


O cientista que estudou pela primeira vez o estresse, Hans Selye descreveu uma resposta fisiológica generalizada ao estresse, caracterizada pela seguinte seqüência: 


  • A percepção de um perigo eminente ou de um evento traumático é realizado pela parte do cérebro denominado córtex; e interpretado por uma enorme rede de neurônios que abrange grandes partes do encéfalo, envolvendo, inclusive, os circuitos da memória;

  • Determinada a relevância do estímulo, o córtex aciona um circuito cerebral subcortical, localizado na parte do cérebro denominada sistema límbico, através das estruturas que controlam as emoções e as funções dos sistemas viscerais (coração, vasos sanguíneos, pupilas, sistema gastrointestinal, etc.) através do chamado sistema nervoso autônomo. Estas estruturas são a amígdala e o hipotálamo, principalmente. A ativação dessas vias vai causar alterações como dilatação pupilar, palidez, aceleração e aumento da força das batidas cardíacas e da respiração, erecção dos pelos, sudorese, paralisação do trânsito gastrointestinal, secreção da parte medular das glândulas adrenais (adrenalina e noradrenalina), etc.; e que constituem os sinais e sintomas da ativação tipo luta-ou-fuga descrevidos por Cannon;

  • Ao mesmo tempo, o hipotálamo comanda uma ativação da glândula hipófise, situada na base do cérebro, com a qual tem estreitas relações. No estresse, o principal hormônio liberado pela hipófise é o ACTH (o chamado hormônio do estresse), que, carregado pelo sangue, vai até a parte cortical (camada externa) das glândulas adrenais (situadas sobre os dois rins), e provocando um aumento da secreção de hormônios corticosteróides. Estes hormônios têm amplas ações sobre praticamente todos os tecidos do corpo, alterando o seu metabolismo, a síntese de proteinas, a resistência imunológica, as inflamações e infecções provocadas por agressões externas, etc. O seu grau de ativação pode ser avaliado medindo-se a quantidade de cortisol no sangue.

  • Essa descarga dupla de agentes hormonais de intensa ação orgânica: de um lado a adrenalina, pela medula da adrenal, e de outro, os corticóides, pela sua camada cortical, levaram os cientistas a caracterizar essas glândulas como sendo o principal mediador do estresse.

Essas respostas são normais em qualquer situação de dano, perigo, doença, etc. Assim, dizemos que existe um certo nível de estresse que é normal e até importante para a defesa do organismo, ao qual denominamos de eustress. O perigo para o organismo passa a ocorrer quando a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal se torna crônico e repetido. Nesse momento, começam a surgir as alterações patológicas causadas pelo nivel constantemente elevado desses hormônios.

Assim, reconhece-se que o estresse tem três fases, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação:


  • A fase aguda
    Esta é a fase em que os estímulos estressores começam a agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase.

  • A fase de resistência
    Se o estresse persiste, é nesta fase que começam a aparecer as primeiras conseqüências mentais, emocionais e físicas do estresse crônico. Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça freqúentes são os sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa:

  • A fase de exaustão
    Esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas.




Problemas Causados pelo Estresse


O estresse pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças, que vão da asma, às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas; todas elas relacionadas de alguma forma à ativação excessiva e prolongada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.

Na área do sistema digestivo, é sabido por todos que o estresse pode desencadear desde uma simples gastrite, até uma úlcera: o famoso cirurgião Alípio Corrêa Neto, da USP e da Escola Paulista de Medicina (hoje Universidade Federal de São Paulo), dizia que se alguém afirmasse, há 20 anos atrás, que a úlcera péptica era psicossomática (leia-se somatoforme), ririam dele; hoje, se deixasse de dizê-lo, ririam dele. 

Mas, é principalmente a nível de coração, ou mais precisamente, a nível das coronárias, que o estresse pode ser um matador silencioso. 

Uma ativação repetida e crônica do sistema nervoso autônomo, numa pessoa que já tenha problemas de lesão da camada interna das arterias coronárias (aterosclerose), provocadas por fumo, gordura excessiva na alimentação, obesidade ou colesterol elevado, etc., vai levar a muitos problemas, tais como:


  • diminuição do fluxo sangüineo adequado para manter a oxigenação dos tecidos musculares cardíacos (miocárdio). Isso leva à chamada isquemia do miocárdio, que é acompanhada de dores no coração (angina), principalmente quando se faz algum esforço, e até ao infarto do coração (ataque cardíaco), provocado pela morte das células musculares do coração, por falta de oxigênio. A adrenalina tem o poder de contrair esses vasos, agravando o problema de quem já os tem com o diâmetro reduzido pelas placas. O resultado para essas pessoas pode ser até a morte, que muitas vezes acompanha um estresse agudo.

  • Outros problemas comuns são a ruptura da parede dos vasos enfraquecidos pela placa aterosclerótica, ou a trombose (entupimento completo do vaso coronariano). Um pequeno coágulo (trombo) pode desencadear uma cascata de coagulação, que também pode levar à morte. O nível elevado de adrenalina também pode provocar alterações irregulares do ritmo cardíaco, denominadas de arritmias ("batedeira"), que também diminuem o fluxo de sangue pelo sistema cardiovascular.

Outros sintomas




No campo clínico (somático) os distúrbios ainda ditos 'neuro-vegetativos' são comuns: quadro de astenia (sensação de fraqueza e fadiga), tensão muscular elevada com cãibras e formação de fibralgias musculares (nódulos dolorosos nos músculos dos ombros e das costas, por exemplo), tremores, sudorese (suor intenso), cefaléias tensionais (dores de cabeça provocas pela tensão psíquica) e enxaqueca, lombalgias e braquialgias (dores nas costas e nos ombros e braços), hipertensão arterial, palpitações e batedeiras, dores pré-cordiais, colopatias (distúrbios da absorção e da contração do intestino grosso) e até dores urinárias sem sinais de infecção.

O laboratório clínico fornece outros detalhes indicativos da intensa ativação patológica no estresse: aumento da concentração do sangue e do conteúdo de plaquetas (células responsáveis pela coagulação sangüínea), alteração do nível de cortisol, alterações de catecolaminas urinárias e alterações de hormônios hipofisários e sexuais, além dos aumentos de glicemia (açucar no sangue) e colesterol, este por conta do LDL, ou o 'mau colesterol'.


Sintomas psíquicos

Nas ocasiões estressantes, e mesmo fora delas, manifesta-se uma gama de reações de ordem psicológica e psiquiátrica. Ou, pelo menos temporárias, perturbações de comportamento ou exacerbação de problemas sociopáticos.

Os problemas ansiosos com a sintomatologia clínica, além de irritabilidade, fraqueza, nervosismo, medos, ruminação de idéias, exacerbação de atos falhos e obsessivos, além de rituais compulsivos, aumentam sensivelmente. A angústia é comum e as exacerbações de sensibilidade com provocações e discussões são mais freqüentes.


Do ponto de vista depressivo, a queda ou o aumento do apetite, as alterações de sono, a irritabilidade, a apatia e adinamia, o torpor afetivo e a perda de interesse e desempenhos sexuais são comumente encontrados.

Existem também as "fugas", que todos conhecemos. Quando não se apela para a auto-medicação com ansiolíticos (um perigo!), a pessoa refugia-se na bebida e mesmo no consumo de drogas ilícitas de uso e abuso, além de aumentar a quantidade de cigarros fumados, quando for fumante. 
São estas as condições da derrocada à qual o estresse leva a pessoa, principalmente quando esta tiver uma personalidade hiperativa.



Como Diminuir o Estresse ?

Em um excelente artigo sobre estresse, principalmente no trabalho (e a maior parte de nós trabalha), o psiquiatra Cyro Masci sugere medidas profiláticas iniciais, secundárias e terciárias. Mas, em resumo, quando possível, devemos parar para pensar; para nos darmos a liberdade de termos um tempo para refletir sobre cada um de nós e seus esquemas pessoais, familiares, sociais, de trabalho, de estudos e até econômico-financeiros. Devemos reformular a vida, procurando reduzir as áreas geradoras de estresse. Um bom psiquiatra pode nos ajudar nesta tarefa.


Muitas vezes haverá a necessidade de uso concomitante de um tratamento medicamentoso, geralmente através dos modernos antidepressivos serotoninérgicos (ISRS) com ou sem ansiolíticos e/ou beta-bloqueadores por um tempo definido: começo, meio e fim.

Quando já existe um quadro orgânico instalado, desde uma simples gastrite a asma ou alteração cardiorrespiratória, a busca de atendimento clínico é fundamental. A correção da alteração clínica é imprescindível. E esta pode ir de um simples a complexo tratamento ou resumir-se somente às necessárias mudanças do modo de viver, incluindo lazer ou uma pequena prática esportiva constante (porque não uma caminhada diária?, que faz bem a qualquer um de nós).

Mas, a principal atitude ainda é um alerta ao modo de viver e de trabalhar com as vivências e com as emoções que a vida nos proporciona. E aí está verdadeira e milenar sabedoria.





DR. VLADIMIR BERNIK, Médico psiquiatra (pela AMB/ABP e pelo CFM). Coordenador da Clínica de Estresse de S. Paulo. Ex-Professor Regente de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (até 1995). Consultor do Comitê Centre for Health Economics da Organização Mundial da Saúde junto à Universidade de York. ex-presidente da Sociedade de Hipnose Médica de São Paulo e ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose. Médico do Trabalho (MTb - 1982) e integrantes da primeira turma de Especialistas em Medicina do Trabalho da AMB/ANAMT (janeiro de 1984). Ex-médico perito do Instituto Médico Legal de S. Paulo e perito judicial. Autor do "Primeiro Curso de Psiquiatria para o Médico Clínico" e de mais 158 trabalhos científicos. publicados. 

Fonte:www.cerebromente.org.br

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Homossexualidade



Homossexualidade 
Terezinha Barreiro
 
Nunca se falou tanto de homossexualidade quanto nos últimos anos. Assunto que incomoda há tantos, mas  traz o alento há tantas pessoas que finalmente se sentem identificadas como existentes no mundo e na vida.
Numa sociedade ainda predominada pelo machismo, onde a atitude da conquista,  relacionamento e reprodução é vista de forma linear homem/mulher, oriundo de gerações  e séculos passados e que ainda são referência para o determinismo do papel sexual das sociedades, pessoas e sociedades se fecham a todo e qualquer movimento que vise uma direção alternativa ou contrária aos padrões sexuais existentes, como se um pensasse por todos  e todos pensassem por um. A realidade, mais que nunca, é outra. Hoje, se vive, ama, trabalha, conquista, luta, sustenta, enfim, de tantas formas “não convencionais” que estabelecer um critério chega a ser indigno e injusto. Vemos hoje de forma natural  a mulher dividindo despesas de casa com marido, filhos em creche, homem fazendo faxina, disputa de homens e mulheres por posições de promoção no trabalho, mas no amor...bem na questão do amor “tudo” tem que ser convencional? Então uma mulher já pode defender-se da agressão doméstica através da Lei Maria da Penha, mas amar, ser bem tratada  e se relacionar sexualmente com outra mulher ainda é um escândalo para sociedade? Um homem pode fazer sexo com várias mulheres ao mesmo tempo, mas não pode beijar outro homem em público? O que dizer do carnaval ou bailes semanais onde a “pegação” acontece abertamente, gerando até mesmo disputas e apostas do número de beijos que cada um, homem ou mulher, vão conseguir dar? Por mais que se pesquise profundamente a história das sociedades através dos tempos, não se encontra relatos desse comportamento sexual frenético, a não ser em sociedades ditas como malditas e/ou profanas, onde as mesmas foram radicalmente exterminadas. Hoje temos incentivo à manifestação sexual desde as músicas que ouvimos nas rádios, passando por comerciais, novelas, filmes, noticiários, moda e apelo da própria família, amigos, colegas de trabalho, que imprensa seus indivíduos a se liberarem, serem ousados, “arranjarem alguém”, não ficar sozinho de jeito nenhum, participar de grupos. Como se pode perceber, não há uma linealidade nessa forma atual de pensar. Há uma grande conveniência social onde, seguindo o comportamento da massa, não importando seu jeito, seu gosto, sua educação ou sua atração são levados em conta,  contanto que  o todo não perca força com individualidades destoantes como os homossexuais. Querendo ou não, a atração sexual  hoje é  diferenciada de várias formas, seja homo, hetero, bissexual, travesti ou transgênero. É chegada a hora de homossexuais deixarem de ser considerados “personagens engraçados “ em novelas ou só existirem na casa do vizinho. Enquanto ser humano social, homossexual é aquele que sente atração pelo mesmo sexo e ponto. Trabalha, estuda, ama, namora, casa, compra, vende, como qualquer indivíduo heterossexual. Pensando bem, mas o que é que incomoda tanto mesmo? Se pensar e agir de forma diferente fosse “crime” de ordem pública, muitos  cientistas, médicos e professores estariam presos.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

VITOR: Herói ou apenas humano?

Terezinha Barreiro

O que leva pessoas que vivem em uma sociedade a cometer essa barbárie? O que leva jovens de classe média a acharem que é "divertido" espancar mendigos? E o que leva um rapaz, também de classe média, a enfrentar, sozinho, 5 agressores na defesa  de um mendigo?

Os valores familiares e sociais realmente mudaram. Muita coisa mudou desde o tempo em que as palavras "respeito ao próximo", "solidariedade" e "humanidade" passaram a ter um significado relativo de sociedade para sociedade, de família para família e de indivíduo para indivíduo.

Que vida vazia é essa que transforma agressão em diversão? O que está faltando na vida dessas pessoas e de tantas outras que está mudando a sociedade, transformando-a em "terra de ninguém", onde cada um usa a arma que  tem, seja a mão, o pé ou arma de fogo, para destruir aquilo que cisma ou incomoda?

Vitor e Kleber aparecem nessa cena da vida e mostram a difença que existe entre autruismo e covardia, entre ser jovem e ser delinquente, ser humano ou apenas uma criatura vivente, indefinível e sem humanização, socialização e consequências. 

Somos fruto do meio. Nossa família, vizinhos, amigos, bairro, cidade e país constroem nossa história, mas toda essa influência vem de encontro ao que é inato ao homem, a carga genética que trazemos desde a concepção. O meio vai nos "moldando", nos formando cidadãos ou não, mocinhos ou bandidos, defensores ou agressores. Diante desse alarmante fato de agressão contra mendigos, eu pergunto: Qual a diferença entre o meio de Vitor e Kleber e dos agressores? 

Deixo aqui minha felicidade registrada, não pela atitude heróica de Vitor e Kleber, que até os mesmos rejeitam esse título,  mas pela suas essências verdadeiramente solidárias de igualdade e compaixão. Que suas atitudes, pensamentos e sentimentos sejam multiplicadas no mundo.

 

Jovem é agredido ao defender mendigo na Ilha do Governador

 

 O estudante de desenho industrial Vítor Suarez Cunha, 21, foi espancado na madrugada desta quinta-feira (2), na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro,  ao tentar proteger um mendigo que estava sendo agredido a chutes por cinco jovens. Vítor está internado com fraturas na face em uma clínica particular e terá que ser submetido a uma cirurgia.
Quando Vítor se aproximou dos agressores para tentar evitar a agressão ao morador de rua, começou a levar chutes e socos no rosto e acabou caindo ao chão. O amigo de Vítor, Kléber Carlos Silva, jogou-se sobre ele para protegê-lo.
“Eu ainda reconheci um deles, e disse que a gente estava sempre por lá. Disse que era uma covardia o que eles estavam fazendo. Ainda tentei defender meu rosto com o braço. Até que acabei desacordando”, contou Vítor à reportagem do “Extra”.
Kléber reconheceu dois dos agressores e revelou os nomes aos policiais, em depoimento. Os rapazes negaram as agressões. Os cinco seriam de classe média.

Fonte: br.notícias.yahoo.com

 

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