Homossexualidade
Terezinha Barreiro
Nunca se falou tanto de homossexualidade
quanto nos últimos anos. Assunto que incomoda há tantos, mas traz o alento há tantas pessoas que finalmente
se sentem identificadas como existentes no mundo e na vida.
Numa sociedade ainda predominada pelo
machismo, onde a atitude da conquista, relacionamento
e reprodução é vista de forma linear homem/mulher, oriundo de gerações e séculos passados e que ainda são referência
para o determinismo do papel sexual das sociedades, pessoas e sociedades se
fecham a todo e qualquer movimento que vise uma direção alternativa ou
contrária aos padrões sexuais existentes, como se um pensasse por todos e todos pensassem por um. A realidade, mais
que nunca, é outra. Hoje, se vive, ama, trabalha, conquista, luta, sustenta,
enfim, de tantas formas “não convencionais” que estabelecer um critério chega a
ser indigno e injusto. Vemos hoje de forma natural a mulher dividindo despesas de casa com
marido, filhos em creche, homem fazendo faxina, disputa de homens e mulheres
por posições de promoção no trabalho, mas no amor...bem na questão do amor
“tudo” tem que ser convencional? Então uma mulher já pode defender-se da
agressão doméstica através da Lei Maria da Penha, mas amar, ser bem tratada e se relacionar sexualmente com outra mulher
ainda é um escândalo para sociedade? Um homem pode fazer sexo com várias
mulheres ao mesmo tempo, mas não pode beijar outro homem em público? O que
dizer do carnaval ou bailes semanais onde a “pegação” acontece abertamente,
gerando até mesmo disputas e apostas do número de beijos que cada um, homem ou
mulher, vão conseguir dar? Por mais que se pesquise profundamente a história
das sociedades através dos tempos, não se encontra relatos desse comportamento
sexual frenético, a não ser em sociedades ditas como malditas e/ou profanas,
onde as mesmas foram radicalmente exterminadas. Hoje temos incentivo à
manifestação sexual desde as músicas que ouvimos nas rádios, passando por
comerciais, novelas, filmes, noticiários, moda e apelo da própria família,
amigos, colegas de trabalho, que imprensa seus indivíduos a se liberarem, serem
ousados, “arranjarem alguém”, não ficar sozinho de jeito nenhum, participar de
grupos. Como se pode perceber, não há uma linealidade nessa forma atual de
pensar. Há uma grande conveniência social onde, seguindo o comportamento da
massa, não importando seu jeito, seu gosto, sua educação ou sua atração são
levados em conta, contanto que o todo não perca força com individualidades
destoantes como os homossexuais. Querendo ou não, a atração sexual hoje é
diferenciada de várias formas, seja homo, hetero, bissexual, travesti ou
transgênero. É chegada a hora de homossexuais deixarem de ser considerados
“personagens engraçados “ em novelas ou só existirem na casa do vizinho.
Enquanto ser humano social, homossexual é aquele que sente atração pelo mesmo
sexo e ponto. Trabalha, estuda, ama, namora, casa, compra, vende, como qualquer
indivíduo heterossexual. Pensando bem, mas o que é que incomoda tanto mesmo? Se
pensar e agir de forma diferente fosse “crime” de ordem pública, muitos cientistas, médicos e professores estariam
presos.
Atendimento psicológico na Clínica Gênesis em Cabo Frio - tel? 22 2643-6366
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