quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Homossexualidade



Homossexualidade 
Terezinha Barreiro
 
Nunca se falou tanto de homossexualidade quanto nos últimos anos. Assunto que incomoda há tantos, mas  traz o alento há tantas pessoas que finalmente se sentem identificadas como existentes no mundo e na vida.
Numa sociedade ainda predominada pelo machismo, onde a atitude da conquista,  relacionamento e reprodução é vista de forma linear homem/mulher, oriundo de gerações  e séculos passados e que ainda são referência para o determinismo do papel sexual das sociedades, pessoas e sociedades se fecham a todo e qualquer movimento que vise uma direção alternativa ou contrária aos padrões sexuais existentes, como se um pensasse por todos  e todos pensassem por um. A realidade, mais que nunca, é outra. Hoje, se vive, ama, trabalha, conquista, luta, sustenta, enfim, de tantas formas “não convencionais” que estabelecer um critério chega a ser indigno e injusto. Vemos hoje de forma natural  a mulher dividindo despesas de casa com marido, filhos em creche, homem fazendo faxina, disputa de homens e mulheres por posições de promoção no trabalho, mas no amor...bem na questão do amor “tudo” tem que ser convencional? Então uma mulher já pode defender-se da agressão doméstica através da Lei Maria da Penha, mas amar, ser bem tratada  e se relacionar sexualmente com outra mulher ainda é um escândalo para sociedade? Um homem pode fazer sexo com várias mulheres ao mesmo tempo, mas não pode beijar outro homem em público? O que dizer do carnaval ou bailes semanais onde a “pegação” acontece abertamente, gerando até mesmo disputas e apostas do número de beijos que cada um, homem ou mulher, vão conseguir dar? Por mais que se pesquise profundamente a história das sociedades através dos tempos, não se encontra relatos desse comportamento sexual frenético, a não ser em sociedades ditas como malditas e/ou profanas, onde as mesmas foram radicalmente exterminadas. Hoje temos incentivo à manifestação sexual desde as músicas que ouvimos nas rádios, passando por comerciais, novelas, filmes, noticiários, moda e apelo da própria família, amigos, colegas de trabalho, que imprensa seus indivíduos a se liberarem, serem ousados, “arranjarem alguém”, não ficar sozinho de jeito nenhum, participar de grupos. Como se pode perceber, não há uma linealidade nessa forma atual de pensar. Há uma grande conveniência social onde, seguindo o comportamento da massa, não importando seu jeito, seu gosto, sua educação ou sua atração são levados em conta,  contanto que  o todo não perca força com individualidades destoantes como os homossexuais. Querendo ou não, a atração sexual  hoje é  diferenciada de várias formas, seja homo, hetero, bissexual, travesti ou transgênero. É chegada a hora de homossexuais deixarem de ser considerados “personagens engraçados “ em novelas ou só existirem na casa do vizinho. Enquanto ser humano social, homossexual é aquele que sente atração pelo mesmo sexo e ponto. Trabalha, estuda, ama, namora, casa, compra, vende, como qualquer indivíduo heterossexual. Pensando bem, mas o que é que incomoda tanto mesmo? Se pensar e agir de forma diferente fosse “crime” de ordem pública, muitos  cientistas, médicos e professores estariam presos.

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