terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

VITOR: Herói ou apenas humano?

Terezinha Barreiro

O que leva pessoas que vivem em uma sociedade a cometer essa barbárie? O que leva jovens de classe média a acharem que é "divertido" espancar mendigos? E o que leva um rapaz, também de classe média, a enfrentar, sozinho, 5 agressores na defesa  de um mendigo?

Os valores familiares e sociais realmente mudaram. Muita coisa mudou desde o tempo em que as palavras "respeito ao próximo", "solidariedade" e "humanidade" passaram a ter um significado relativo de sociedade para sociedade, de família para família e de indivíduo para indivíduo.

Que vida vazia é essa que transforma agressão em diversão? O que está faltando na vida dessas pessoas e de tantas outras que está mudando a sociedade, transformando-a em "terra de ninguém", onde cada um usa a arma que  tem, seja a mão, o pé ou arma de fogo, para destruir aquilo que cisma ou incomoda?

Vitor e Kleber aparecem nessa cena da vida e mostram a difença que existe entre autruismo e covardia, entre ser jovem e ser delinquente, ser humano ou apenas uma criatura vivente, indefinível e sem humanização, socialização e consequências. 

Somos fruto do meio. Nossa família, vizinhos, amigos, bairro, cidade e país constroem nossa história, mas toda essa influência vem de encontro ao que é inato ao homem, a carga genética que trazemos desde a concepção. O meio vai nos "moldando", nos formando cidadãos ou não, mocinhos ou bandidos, defensores ou agressores. Diante desse alarmante fato de agressão contra mendigos, eu pergunto: Qual a diferença entre o meio de Vitor e Kleber e dos agressores? 

Deixo aqui minha felicidade registrada, não pela atitude heróica de Vitor e Kleber, que até os mesmos rejeitam esse título,  mas pela suas essências verdadeiramente solidárias de igualdade e compaixão. Que suas atitudes, pensamentos e sentimentos sejam multiplicadas no mundo.

 

Jovem é agredido ao defender mendigo na Ilha do Governador

 

 O estudante de desenho industrial Vítor Suarez Cunha, 21, foi espancado na madrugada desta quinta-feira (2), na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro,  ao tentar proteger um mendigo que estava sendo agredido a chutes por cinco jovens. Vítor está internado com fraturas na face em uma clínica particular e terá que ser submetido a uma cirurgia.
Quando Vítor se aproximou dos agressores para tentar evitar a agressão ao morador de rua, começou a levar chutes e socos no rosto e acabou caindo ao chão. O amigo de Vítor, Kléber Carlos Silva, jogou-se sobre ele para protegê-lo.
“Eu ainda reconheci um deles, e disse que a gente estava sempre por lá. Disse que era uma covardia o que eles estavam fazendo. Ainda tentei defender meu rosto com o braço. Até que acabei desacordando”, contou Vítor à reportagem do “Extra”.
Kléber reconheceu dois dos agressores e revelou os nomes aos policiais, em depoimento. Os rapazes negaram as agressões. Os cinco seriam de classe média.

Fonte: br.notícias.yahoo.com

 

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