Hana (foto), uma criança etíope adotada aos 11 anos por um casal americano,
morreu em maio vítima de violência, desnutrição e hipotermia. Seu corpo foi
encontrado nu e de bruços no quintal de sua casa.
Havia sinais de que a menina tinha sido
espancada por um tubo de plástico de 38 cm, o mesmo recomendado pelo pastor
fundamentalista Michael Pearl (foto),
em seu livro “Como Educar Crianças”, onde diz como os pais devem bater nos
filhos. Larry Williams e Carri de Sedro-Woolley, pais da menina, são
seguidores de Pearl. Eles afirmaram à Justiça que são inocentes.
O livro de Pearl já
teria induzido a morte de duas outras crianças. Lydia, 11, foi uma delas.
Ela levava longas surras de Kevin Shatz e Elizabeth, seus pais adotivos,
com trégua apenas no horário da oração. A menina morreu em 2010 de tanto
sangrar. Os pais se declararam culpados.
O pastor recomenda
que os castigos às crianças comecem logo, já no período da amamentação. Ele
escreveu que as mães devem puxar os cabelos dos filhos toda vez que eles
morderam o mamilo.
Pearl, no livro, dá
instrução detalhada sobre como os pais devem castigar com violência os filhos.
Diz, por exemplo, que crianças com menos de um ano deve ser açoitada por uma
vara de salgueiro entre 25 a 30 centímetros de comprimento, de uma polegada e
sem nós.
Ele recomenda uma
“varinha mágica” -- porque não rompe a pele -- para os casos em que as
crianças merecem surras frequentes. Trata-se do tubo de plástico utilizado
pelos responsáveis pelas crianças que morreram.
O pastor escreveu que o seu método de educação,
se usado corretamente, assegura que as crianças cresçam saudáveis e com boa
formação.
“Os pais podem ter
sentimentos que os impeçam de castigar os filhos, mas isso não é o amor de
Deus”, disse no livro. “Ele [Deus] criou as crianças e sabe o que é melhor para
elas, ordenando aos pais que usem o chicote.”
“Como Educar
Crianças” já vendeu mais de 670 mil cópias, garantindo ao pastor cerca de US$ 1
milhão (R$ 1,7 milhão) em direitos autorais.
Fonte:
New York Times
www.paulolopes.com.br
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