Por Terezinha Barreiro
Dentre tantos problemas que
surgiram com a civilização, hoje observamos um fenômeno que já está prá lá de
categorizado: a síndrome do holofote, ou melhor dizendo, a necessidade
incontrolável em ser o centro das atenções, de “roubar a cena”, de querer ser o
“umbigo” do mundo.
Essas pessoas vivem em
constante desafio com os que o cercam e ,às vezes, até com uma nação inteira.
Trata-se daquele “arroz de
festa” que, como o termo mesmo se refere, está em todos os lugares, em todas as
situações, desde casamentos até inauguração de botequins. Algo muito forte o
impele compulsivamente a tentar sempre, sob qualquer preço ou medida, ser o
centro das conversas, empurrando, às vezes de forma literal, pessoas que estão
ao seu lado, tudo com o propósito de sair em todas as fotos, matérias, jornais
e notícias, ou mesmo na internet e em redes sociais. Conseguimos detectar esse
comportamento desde artistas até o mais vil dos anônimos.
Para essas pessoas, qualquer
oportunidade será uma chance que não pode ser perdida. Esquecem, estes, que
sentimentos negativos são gerados em quem os cercam, tornando-se assim pessoas
inconvenientes, chatas e sem medidas,
porque a “necessidade de aparecer” também tem sua contramão, como tudo
na vida, e neste caso, ela vem com o repúdio, o desgaste da imagem, a
intolerância e o valor negativo impresso e associado a sua foto ou presença.
O maior cuidado que temos que
ter diante desse quadro sombrio de distúrbio de personalidade é justamente
quando as luzes se apagam e estes são obrigados a viver como simples mortais ou
até anônimos. São sempre imprevisíveis as reações, mas em geral, a
agressividade, em todas as suas formas, será seu principal sintoma de
abstinência. Cabe a cada um de nós, observadores dessa sintomatologia, lembrar
que as luzes da ribalta sempre se apagam no final do espetáculo e que aqueles
que não se dão conta disso, acabam queimados como as mariposas iludidas com uma
luz que nunca foi sua.
Atendimento psicológico na Clínica Gênesis em Cabo Frio.
Telefone para marcar consulta: 22 2643-6366
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