sexta-feira, 5 de maio de 2017

             Sexo avulso - a pulada de cerca.           


                             

Hoje,  me preparando para escrever esse texto, abro o Google para ver algumas imagens pro texto e me deparo com isso: vou postar porque está na internet, então é de domínio público.
www.ashleymadison.com - slogan do site - "O maior site de infidelidade do Brasil".

Choquei. Tudo bem, penso que como estar um pouco enferrujada pra coisas novas, mas pra me surpreender é um pouco difícil, mas esse site, a forma como aborda a questão do adultério, confesso, me surpreendeu a facilidade.

Como se percebe, as coisas estão cada vez mais fáceis de acontecer e quando você acorda, já está envolvida com alguém. Mas o que, afinal, se busca numa traição? Será uma busca de si mesma? Será uma busca de algo que nunca teve? Será uma desculpa para ter a sensação de modernidade, de vanguardismo, só pra ter o que contar "pras amiga", ou será como uma compensação de um casamento ruim? Ou a busca de um orgasmo que nunca teve?

São muitos os motivos que levam uma mulher ou homem a terem um caso extraconjugal e note-se, esse artigo não é só para os casados. Aqui estamos falando de relacionamento, de namorados a casados.
Lembro bem, certa vez que tratei uma paciente que traía o marido e diante da minha pergunta sobre  o amante ser melhor na cama do que o marido e ela responder: não. Meu marido é muito melhor!!! Por que então ter um amante, se nem amor tinha na relação? O marido a traía, militar, viajava muito e chegava lotado de camisinhas na mala. Ela precisava trair para se sentir viva, se sentir igual ao marido, potente. 

Quando falamos em "infidelidade", o que exatamente queremos dizer? Um caso, uma história de amor, sexo pago, uma troca de mensagens, uma massagem com final feliz? Por que pensamos que os homens traem por tédio e medo de intimidade, enquanto as mulheres o fazem por solidão e anseio por mais intimidade? Um affair é sempre o final de uma relação?



A monogamia, por exemplo, já significou passar a vida inteira com a mesma pessoa, enquanto hoje basta ficarmos com uma pessoa por vez para sermos considerados monogâmicos. Prova disso é que uma frase como “Sou monogâmico em todos os meus relacionamentos”, nos dias de hoje, não causa estranheza. Ela comenta que a monogamia, em seus princípios, não apresentava nenhum vínculo com o amor, já que a fidelidade das mulheres era vista somente como um jeito de os homens controlarem a origem dos filhos, o que garantiria o destino “correto” para suas heranças. Quando o casamento era somente um empreendimento econômico, portanto, era nossa segurança econômica que a infidelidade ameaçava. O problema é que agora, com o casamento transformado em um acordo romântico, a infidelidade passou a ameaçar nossa segurança emocional.


Ocorre um ciclo de ações e reações que mais comumente levam casais a sucumbir a quaisquer desses tipos de infidelidade, inclusive a física. Chama o primeiro estágio de “estado de negatividade”. Tem início quando um dos dois deixa de dar atenção ou apoio ao outro. As situações podem ser as mais variadas – de faltas sérias, como não estar presente na morte de um parente do outro, a descuidados banais, como se esquecer de cumprir uma tarefa doméstica. Quando o sentimento de mágoa por essa falta não é expressado, ele também não é esquecido. O lado magoado passa a provocar o outro. Isso torna os atritos mais frequentes e leva ambos a assumir uma atitude defensiva. A comunicação fica mais difícil e está instalado o estado de negatividade. Começa a segunda etapa do ciclo que leva à traição: as comparações negativas.

Nesse ponto, um dos parceiros compara seu companheiro ao perfil de um estranho na internet, a um colega de trabalho, a um parceiro do passado ou a um amor platônico. Na maioria das comparações, o cônjuge perde, porque, no estado de negatividade, é difícil perceber e lembrar das qualidades do outro. O distanciamento e a frustração criam o ambiente propício para a traição física.

Às vezes, a insatisfação não é com o outro. Quando um vive um momento de fracasso profissional ou descontentamento com a aparência, ele não consegue enxergar mais nada além da sua insatisfação pessoal. A mente e o coração abarrotados de sentimentos ruins cegam e aprisionam o indivíduo. Este mergulha profundamente em suas insatisfações e esquece que tem alguém ao seu lado para ajudá-lo a suportar as dificuldades.

A chegada de um filho também é pano de fundo. Muitos homens não entendem que o bebê depende exclusivamente da mãe. Não ajudam nos cuidados com a criança. Não cooperam nas tarefas domésticas. Ignoram as mudanças hormonais e psicológicas da mulher. Fazem cobranças o tempo todo e disputam atenção com o recém nascido.
A rotina pode colocar uma história de amor na UTI. O remédio? Enfrentar a situação. Expor as insatisfações e buscar soluções. Se não houver entendimento, colocar um ponto final. Porém, há quem prefira conjugar o verbo amar em terceira pessoa.




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